por
Greenpeace Brasil
O objetivo do sobrevoo foi monitorar a
região de Abrolhos e verificar hipóteses sobre aproximação de manchas
de petróleo na região
Na tarde desta quarta-feira, dia 30, o
Greenpeace realizou um sobrevoo até a região de Abrolhos com o objetivo
de buscar evidências concretas de uma possível mancha de óleo detectada
por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a
partir de imagens de satélite. A equipe do Greenpeace analisou as
imagens e, diante das suspeitas, organizou este monitoramento para
verificar se de fato a mancha era uma ameaça de petróleo na região. Após
cinco horas de sobrevoo, não foram encontradas evidências de petróleo
na superfície.
O sobrevoo percorreu uma área de cerca
de 3.300 km² no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, iniciando pelo
arquipélago de cinco ilhas e seguindo por seis pontos identificados nas
análises espaciais. Ainda assim, o fato de o sobrevoo não ter
conseguido localizar manchas na superfície não significa que a região
esteja livre de ameaças, já que o óleo tem aparecido na superfície
apenas quando está próximo das praias.
“Felizmente não identificamos no
sobrevoo a suposta mancha de óleo que havia sido detectada nos satélites
e que teria impacto enorme e irreversível sobre Abrolhos. Mas o
santuário e as reservas extrativistas do entorno continuam sob ameaça e é
necessário que haja um esforço de monitoramento para evitar que o óleo
que está atingindo a costa do Nordeste brasileiro chegue também a
Abrolhos”, afirma Marcelo Laterman, da Campanha de Clima e Energia do
Greenpeace.
A análise espacial é um recurso
importante para a prevenção e alerta de possíveis novas manchas, porém a
validação no local é ainda mais precisa, conforme indicam os
pesquisadores. Assim, diante do conflito de análises entre órgãos
oficiais e pesquisadores, o Greenpeace atuou de forma independente para
buscar evidências dessa possível mancha que poderia afetar a região que
abriga a maior biodiversidade marinha conhecida em todo o Atlântico Sul.
Continuaremos considerando todas as alternativas que possam
ajudar a mitigar os impactos da mancha de óleo no Nordeste e impedir que
elas cheguem a novos lugares.
Enquanto isso, continuamos exigindo
que o governo assuma sua responsabilidade e atue de maneira mais eficaz
no combate às manchas que continuam aparecendo e trazendo prejuízos para
as pessoas e o meio ambiente. Até que esta tragédia seja equacionada de
forma definitiva e seja comprovado que o Brasil é capaz de lidar com
desastres dessa magnitude causado pelo vazamento de óleo, o governo deve
suspender todos os leilões de petróleo no Brasil.
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.