O objetivo do sobrevoo foi monitorar a região de Abrolhos e verificar hipóteses sobre aproximação de manchas de petróleo na região

Foto realizada durante sobrevoo no arquipélago de Abrolhos © Marcelo Laterman/Greenpeace
O sobrevoo percorreu uma área de cerca de 3.300 km² no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, iniciando pelo arquipélago de cinco ilhas e seguindo por seis pontos identificados nas análises espaciais. Ainda assim, o fato de o sobrevoo não ter conseguido localizar manchas na superfície não significa que a região esteja livre de ameaças, já que o óleo tem aparecido na superfície apenas quando está próximo das praias.
“Felizmente não identificamos no sobrevoo a suposta mancha de óleo que havia sido detectada nos satélites e que teria impacto enorme e irreversível sobre Abrolhos. Mas o santuário e as reservas extrativistas do entorno continuam sob ameaça e é necessário que haja um esforço de monitoramento para evitar que o óleo que está atingindo a costa do Nordeste brasileiro chegue também a Abrolhos”, afirma Marcelo Laterman, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
A análise espacial é um recurso importante para a prevenção e alerta de possíveis novas manchas, porém a validação no local é ainda mais precisa, conforme indicam os pesquisadores. Assim, diante do conflito de análises entre órgãos oficiais e pesquisadores, o Greenpeace atuou de forma independente para buscar evidências dessa possível mancha que poderia afetar a região que abriga a maior biodiversidade marinha conhecida em todo o Atlântico Sul. Continuaremos considerando todas as alternativas que possam ajudar a mitigar os impactos da mancha de óleo no Nordeste e impedir que elas cheguem a novos lugares.
Enquanto isso, continuamos exigindo que o governo assuma sua responsabilidade e atue de maneira mais eficaz no combate às manchas que continuam aparecendo e trazendo prejuízos para as pessoas e o meio ambiente. Até que esta tragédia seja equacionada de forma definitiva e seja comprovado que o Brasil é capaz de lidar com desastres dessa magnitude causado pelo vazamento de óleo, o governo deve suspender todos os leilões de petróleo no Brasil.
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