por
Greenpeace Brasil
Seguimos todos os passos do ministro do Meio Ambiente, que passou as
últimas semanas viajando na Europa, e mostramos as verdades que ele
tenta esconder
Depois de Paris e Berlim,
o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi recebido em Londres
nesta quinta-feira (3) com protestos organizados pelos jovens da Rede de
Estudantes do Reino Unido pelo Clima (UK Student Climate Network – UKSCN
), pela Survival International
, Greenpeace e outras organizações.
Os ativistas protestaram em frente à Embaixada do Brasil em Londres
contra as políticas antiambientais promovidas pelo Governo Bolsonaro e
em apoio aos povos indígenas e à floresta. Durante o protesto foram
lidas mensagens enviadas por líderes indígenas. Um dos cartazes continha
uma frase emblemática do cacique Raoni: “se destruírem a floresta, a
gente não respira!”
“Estamos em solidariedade aos jovens brasileiros, que estão fazendo
tudo o que podem para lutar contra a corrupção e a falta de políticas
climáticas, ambientais e de direitos humanos no Brasil. Ricardo Salles e
o governo Bolsonaro devem prestar contas pelas ameaças que representam
às comunidades indígenas e a inação em relação às queimadas na
Amazônia”, disse Cate Davies, da UKSCN.
A mensagem é clara: o “tour da mentira” de Salles não é bem-vindo por quem se importa com o futuro do planeta.
Ativistas do Greenpeace também protestaram com cartazes e fotos da
Amazônia em chamas, em frente ao prédio onde Salles teve um encontro a
portas fechadas com a secretária do Meio Ambiente, Alimentação e
Agricultura do Reino Unido, Theresa Villiers.
“Colocar Salles como o responsável pelas políticas ambientais no
Brasil é como dar uma caixa de fósforos a um piromaníaco. A sua agenda
na Europa é nada mais do que um greenwash. Até que o governo Bolsonaro
mude discurso e prática e passe a garantir mecanismos de proteção da
Amazônia e seus povos, todos os encontros com oficiais brasileiros e as
reuniões de negócios entre países devem ser suspensos”, diz Richard
George, da campanha de florestas do Greenpeace do Reino Unido.
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