Estabelecimentos que oferecerem canudinhos plásticos no Rio de Janeiro começam a ser multados e os oceanos agradecem
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Os
canudinhos de plástico não são reciclados e vão parar nos oceanos, onde
muitos animais acabam ingerindo os produtos e passam por sérias
complicações. © David McNew / Greenpeace
O valor cobrado após a primeira infração é de R$ 1.650, porém a penalidade pode subir para até R$ 6 mil caso o estabelecimento seja flagrado novamente pela fiscalização. A determinação “obriga os restaurantes, lanchonetes, bares e similares, barracas de praia e vendedores ambulantes do município, a usar e fornecer a seus clientes apenas canudos de papel biodegradável e/ou reciclável individualmente e hermeticamente embalados com material semelhante”.
Ou seja, precisamos ajudar a lei a “pegar”. Se for a um restaurante, por exemplo, e te oferecerem um canudinho plástico, não aceite. Os donos de estabelecimentos precisam saber que a população está disposta a usar outras alternativas, como os canudinhos de vidro, papel, metal, silicone e bambu, todos bem menos danosos ao meio ambiente e, em muitos casos, reutilizáveis.
A medida é um avanço para diminuir o lixo plástico no mundo. Estudos indicam que, se nosso ritmo de consumo não diminuir e o descarte dos resíduos não for feito de forma adequada, em 30 anos teremos mais plástico do que peixes nos oceanos.
Segundo a revista Time, cientistas estimam que existem 7,5 milhões de canudos de plástico poluindo as costas americanas e algo em torno de 437 milhões a 8,3 bilhões de canudos plásticos nos litorais ao redor do mundo. A própria Time destaca que canudos de plástico são uma pequena porcentagem dos mais de oito milhões de toneladas métricas de plástico que acabam no oceano todos os anos!
E as sacolinhas?
A cidade de São Paulo regulamentou uma lei em 2015 que proibiu as lojas e supermercados de realizar a distribuição gratuita de sacolinhas plásticas. As antigas “sacolinhas brancas” foram substituídas pelas sacolas verde e cinza, de bioplástico, mais resistentes, menos prejudiciais ao meio ambiente e cobradas individualmente.Muita gente achou que a medida seria um desastre. Em 2016, no entanto, a Associação Paulista de Supermercados relatou que houve uma redução de 70% no consumo de embalagens plásticas na cidade. Hoje, muitos paulistanos adotam as sacolas conhecidas como “ecobags”, mais resistentes, espaçosas e reutilizáveis.
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Quem
nunca se deparou com as sacolinhas plásticas no meio do mar ou na areia
naquele dia de descanso na praia? © Liza Udilova / Greenpeace
Pontapé inicial
Precisamos começar de algum lugar se queremos diminuir consideravelmente a quantidade de lixo plástico no mundo e salvar os oceanos e espécies marinhas que muitas vezes acabam ingerindo ou inalando os canudinhos por confundirem os objetos com alimentos.O caminho para salvar os oceanos do plástico não passa apenas pela proibição dos canudinhos ou das sacolinhas, mas medidas como essas ajudam a criar a consciência que se expande globalmente com a adoção de novos hábitos de consumo.
Afinal, um canudinho incomoda muita gente… mas 7 bilhões deles podem ameaçar a sobrevivência de nossos oceanos e espécies marinhas.
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