Por doze horas, ativistas do Greenpeace ocuparam refinaria da maior comerciante de óleo de palma no mundo
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Ativistas abrem banner em silo de refinaria da Wilmar International, na Indonésia. © Nugroho Adi Putera / Greenpeace
A refinaria está localizada na ilha indonésia de Sulawesi. O óleo de palma processado ali vem de grandes produtores, que estão destruindo as florestas tropicais em Kalimantan e Papua, na Indonésia.
“A Wilmar vêm prometendo limpar sua cadeia de fornecimento desde 2013. Ainda assim, segue comprando óleo de palma de destruidores das florestas. Não é responsabilidade do Greenpeace fiscalizar sua cadeia de fornecimento. A empresa deveria comprar óleo de palma apenas de produtores que possam provar que extraem o produto sem gerar desmatamento. Essa foi a promessa do CEO da Wilmar, Kuok Khoon Hong, quase cinco anos atrás”, afirma Kiki Taufik, coordenador da campanha do Greenpeace pela preservação das florestas na Indonésia.
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O banner dizia, em tradução livre, ‘Largue o óleo de palma sujo’. © Nugroho Adi Putera / Greenpeace
Em 2013, a Wilmar se tornou a primeira comerciante de óleo de palma a adotar a política de “sem desmatamento, sem destruição das turfeiras, sem exploração social” para suas atividades. Na semana passada, uma investigação do Greenpeace Internacional revelou que 25 produtores de óleo de palma haviam desmatado 130 mil hectares de florestas tropicais desde 2015. A Wilmar comprava de 18 destes grupos produtores de óleo de palma; três deles abasteciam a refinaria onde o protesto foi realizado. Apenas uma fração dos comércios de óleo de palma da Wilmar tem origem de suas próprias plantações; mais de 80% vêm de outros produtores de óleo de palma.
A Wilmar International e outros grupos de óleo de palma são constantemente acusados de explorar trabalhadores, crianças e comunidades locais. “A Wilmar lucrou uma fortuna com a destruição das florestas na Indonésia. Isso acaba hoje. Do amanhecer ao fim do dia, nós ocupamos sua refinaria de óleo de palma que destrói a floresta. A mensagem para grandes marcas como Unilever, Nestlé e Mondelez é simples: escutem seus consumidores ao redor do mundo e não negociem com a Wilmar até que a empresa possa provar que o óleo de palma é produzido sem destruir a floresta”, disse Yeb Sano, diretor-executivo do Greenpeace Southeast Asia, um dos ativistas presentes no protesto na refinaria de óleo de palma.
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Trinta ativistas participaram da ação pacífica e direta. © Nugroho Adi Putera / Greenpeace
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