Caso Bolsonaro seja eleito e cumpra suas promessas para a área socioambiental, desmatamento na Amazônia pode triplicar

Desmatamento na Amazônia para produção de soja

O desmatamento na Amazônia pode triplicar caso o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) vença as eleições e cumpra o que tem prometido para a área socioambiental. Os cálculos, feitos por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgados em reportagem do Estado de S. Paulo, se baseiam em um cenário em que o Ministério do Meio Ambiente seja incorporado ao Ministério da Agricultura, o Brasil seja retirado do acordo internacional do clima (Acordo de Paris), a atuação de órgãos de fiscalização, como o Ibama, seja limitada e a mineração em terras indígenas seja autorizada.
Seguindo a modelagem do Inpe, a perda florestal poderia aumentar 268%, chegando a 25,6 mil km² por ano a partir de 2020. Em 2017, foram desmatados 6,9 mil km². Se isso acontecer, a preservação do meio ambiente, a biodiversidade e a capacidade do país de enfrentar as mudanças climáticas estarão ainda mais ameaçadas. A Amazônia, que ocupa quase a metade do território brasileiro, é essencial para a vida de milhares de pessoas, como os povos indígenas, ribeirinhos e extrativistas. Sem a floresta em pé, nossa capacidade de produção de alimentos e abastecimento hídrico de grandes centros urbanos corre risco.
O Greenpeace nunca deixou de criticar governos, políticos e grupos cujos projetos ameaçassem o meio ambiente e a população, independentemente de partido. Ao longo das últimas décadas, experimentamos grandes retrocessos na área ambiental, mas as propostas de Jair Bolsonaro poderão nos levar à um cenário trágico e sem precedentes. Seja qual for o resultado dessas eleições, continuaremos defendendo os princípios que nos norteiam desde nossa fundação. Neste blog, listamos as sete propostas para o meio ambiente que acreditamos que precisam ser cumpridas pelo próximo governo.
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