Wednesday, June 26, 2013

Fumaça não vê fronteira

Há pelo menos uma semana, o céu de Cingapura é cinza e pesado: os níveis de poluição do ar atingiram níveis recordes. Levada pelos ventos, a espessa cortina de fumaça veio da vizinha Indonésia, que enfrenta nova temporada de incêndios florestais. Apesar de ter ganhado as manchetes, a notícia não é nova, pois se repete a cada ano alimentada pelas indústrias de papel e óleo de palma, que continuam a avançar sobre a floresta.
“As grandes empresas da indústria de óleo de palma, como a Sime Darby e Wilmar Internacional, não podem lavar as mãos para esse crime, se escondendo atrás de suas políticas de não produzir queimadas. Foram companhias desse tipo que criaram condições para o desastre, ao desmatar a floresta”, diz Bustar Maitar, que coordena a campanha de floresta do Greenpeace na Indonésia. Como se sabe, quando a mata é aberta, cria-se condições muito mais favoráveis para que qualquer faísca – acidental ou não – vire um grande incêndio.
Enquanto escolas, comércio e aeroporto são afetados, o Greenpeace segue sua campanha para denunciar os efeitos do desmatamento, que já não se restringem ao país. E continua a fazer pressão para que as gigantes da indústria de óleo de palma tome medidas para garantir que sua cadeia de produção é livre de derrubadas.

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