Há pelo menos uma semana, o céu de Cingapura é cinza e pesado: os
níveis de poluição do ar atingiram níveis recordes. Levada pelos ventos,
a espessa cortina de fumaça veio da vizinha Indonésia, que enfrenta
nova temporada de incêndios florestais. Apesar de ter ganhado as
manchetes, a notícia não é nova, pois se repete a cada ano alimentada
pelas indústrias de papel e óleo de palma, que continuam a avançar sobre
a floresta.
“As grandes empresas da indústria de óleo de palma, como a Sime Darby
e Wilmar Internacional, não podem lavar as mãos para esse crime, se
escondendo atrás de suas políticas de não produzir queimadas. Foram
companhias desse tipo que criaram condições para o desastre, ao desmatar
a floresta”, diz Bustar Maitar, que coordena a campanha de floresta do
Greenpeace na Indonésia. Como se sabe, quando a mata é aberta, cria-se
condições muito mais favoráveis para que qualquer faísca – acidental ou
não – vire um grande incêndio.
Enquanto escolas, comércio e aeroporto são afetados, o Greenpeace
segue sua campanha para denunciar os efeitos do desmatamento, que já não
se restringem ao país. E continua a fazer pressão para que as gigantes
da indústria de óleo de palma tome medidas para garantir que sua cadeia
de produção é livre de derrubadas.
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