Friday, May 23, 2014

As novas faces da República dos Ruralistas



Lançado no fim de setembro do ano passado, o site A República dos Ruralistas está de cara nova – ou melhor, traz novas caras. Relançado nesta sexta-feira (23), ele vem como aquecimento para a Mobilização Nacional Indígena, que acontece na próxima semana, de 26 a 29 de maio. A página, que mapeia os principais integrantes da bancada que representa os grandes proprietários do agronegócio no Congresso, passou por uma atualização e teve a inclusão de 18 novos perfis de parlamentares, sendo 12 senadores e 6 deputados federais.
Acesse aqui o site.
Entre eles figuram nomes que dispensam maiores apresentações, como o da presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO); do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), um dos protagonistas do vídeo em que incita a violência contra indígenas no seu estado; senador Blairo Maggi (PR-MT), conhecido com o “Rei da Soja”; senador Romero Jucá (PMDB-RR), autor do PL 1610, que visa autorizar a mineração em terras indígenas; deputado Moreira Mendes (PSDB-RO), autor do PL 3842, que modifica o conceito de trabalho escravo; do ex-presidente do Brasil e atual senador José Sarney (PMDB-AP); dentre outros.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), o Greenpeace e o Instituto Socioambiental (ISA), como contribuição para a Mobilização Nacional Indígena. Classificando os parlamentares por “ruralista”, “anti-indígena” e/ou “grande proprietário de terras”, a plataforma apresenta dados sobre a atuação parlamentar, o patrimônio fundiário e financeiro, os financiadores de campanha e as ocorrências judiciais das principais lideranças ruralistas – e anti-indígenas – no Congresso Nacional.
De fontes públicas, tais como o Tribunal Superior Eleitoral e os sites da ONG Transparência Brasil, os dados sistematizados reforçam a ligação desses parlamentares com empresas multinacionais do agronegócio, crimes ambientais e contra populações tradicionais e pequenos agricultores. Tornam claros também os interesses particulares e corporativos das propostas que defendem.

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