Expedição do Greenpeace comprovou que quatro regiões do oceano Antártico precisam de proteção. Ação humana, sobrepesca e mudanças climáticas são as principais ameaças
Mais um resultado importante da expedição à Antártida que fizemos no começo do ano: quatro áreas em que estivemos foram identificadas como vulneráveis e serão protegidas! Para avistar o fundo do mar na região, usamos um submarino com câmeras e registramos pela primeira vez o ecossistema local. O que encontramos foram espécies raras e vulneráveis.A cientista norte-americana Susanne Lockhart propôs que a análise das imagens fosse usada como evidência de locais que precisam de proteção. As áreas ficam no Antarctic Sound e Estreito de Gerlache, ao longo da Península Antártica.
Em seguida, as provas foram submetidas a um grupo de cientistas no Reino Unido. Eles farão o pedido formal para a criação das áreas protegidas durante a reunião CCAMRL, em outubro. Nesta mesma reunião será votada a proposta para a criação do Santuário do Oceano Antártico que, se aprovado, terá uma extensão de 1,8 milhão de km² e será a maior área protegida da Terra.
“As evidências coletadas em vídeo mostram diversos organismos raros e pouco conhecidos. O fundo do mar ao redor da Antártida é um paraíso de biodiversidade que está em risco devido aos efeitos da pesca excessiva e das mudanças climáticas. Precisamos proteger esse lugar fantástico antes de perdermos o que nem conhecemos ainda. Que esses quatro locais possam agora ser usados como apoio científico para a criação do Santuário”, afirmou Susanne.
Semanas atrás, em um evento organizado pelo Greenpeace no Reino Unido, ela falou sobre sua pesquisa e a necessidade de proteção do Oceano Antártico, junto com o ator espanhol Javier Bardem, que também esteve na expedição.
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