Monday, August 7, 2017

72 anos após Hiroshima: uma lição que não pode ser esquecida

Postado por Thiago Almeida

Seja para fins bélicos ou pacíficos, a energia nuclear é uma ameaça para a humanidade e o planeta

Pombas da paz feitas por voluntários do Greenpeace no aniversário dos 60 anos do ataque nuclear de Hiroshima, em 2005
  O mês de agosto de 1945 testemunhou o surgimento da bomba atômica – a primeira lançada sobre Hiroshima, no dia 6, e a segunda sobre Nagasaki, no dia 9, durante a Segunda Guerra Mundial. Mais de 200 mil pessoas morreram, segundo a ONU. As consequências catastróficas das guerras já eram conhecidas, mas foi a primeira vez que vimos as consequências e o potencial de destruição de elementos como urânio e plutônio. Enquanto a corrida armamentista nuclear aumentava seu ritmo, na década de 1950, começava o uso da energia nuclear para geração de eletricidade.

Ação contra a usina nuclear de Tihange, na Bélgica, em memória ao acidente de Chernobyl: assim como as bombas, a energia nuclear é danosa e de alto risco.
  Dando um salto no tempo e avançando para o ano de 2011, um terremoto provocou um tsunami que atingiu o norte do Japão e, por sua vez, causou o desastre nuclear de Fukushima. O pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Rússia, em 1986, forçou dezenas de milhares de pessoas que viviam dentro de um raio de 20 km a evacuarem a região. No único país atingido por bombas nucleares, estas pessoas se encontraram sem meios de sobrevivência e vilas inteiras foram transformadas em cidades fantasmas por conta da energia nuclear usada para fins pacíficos, décadas depois.

Especialista do Greenpeace realiza medição da radiação em amostras do solo, a 60 km da usina nuclear de Fukushima, em abril de 2011.
  Apesar dos esforços do governo japonês para descontaminar a região, investigações do Greenpeace Japão apontam que os níveis de radiação ainda permanecem elevados.
 
"Nunca Mais": ativistas do Greenpeace protestam enquanto recolhem amostras das água do oceano, na costa de Fukushima.
  No 72º aniversário dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, somos solidários com os sobreviventes e com o mundo inteiro que promove campanhas contra o armamento nuclear. A eliminação de armas nucleares tem sido a causa que o Greenpeace defende desde 1971.
O Greenpeace acredita que a paz é a melhor forma de se defender, enquanto a guerra é a maior ameaça para as pessoas e para o meio ambiente. E é possível gerarmos energia limpa e renovável sem depender de fontes nucleares. É responsabilidade de todas as pessoas deixar um mundo de paz para as futuras gerações.

Turbinas eólicas em ação na Usina de Angra, no Rio de Janeiro: energias renováveis são mais limpas, baratas e seguras que a nuclear, além de inesgotáveis.

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