Em comunicado, Greenpeace responde nota feita pela Associação das
Indústrias Exportadoras de Madeira (Aimex) do Estado do Pará a respeito
de relatório que expõe madeira ilegal
Extração de madeira na Agropecuária Santa Efigênia, no Pará ( © Greenpeace/Fábio Nascimento)
A mais recente publicação do Greenpeace sobre a extração ilegal de madeira na Amazônia brasileira, o relatório A Crise Silenciosa da Amazônia – Licença para lavar: garantida,
publicado em junho de 2015, mostrou novamente graves fraudes no
sistema de controle madeireiro no país, que permitem que a madeira
ilegal seja comercializada com papéis oficiais.
O relatório trouxe o caso do plano de manejo da Agropecuária Santa
Efigênia, localizado no município paraense de Uruará, que superestimou
consideravelmente a quantidade da espécie Ipê no inventário florestal da
área com o objetivo de gerar créditos excedentes para esquentar madeira
ilegal.
No início de julho de 2015, a Aimex (Associação das Indústrias
Exportadoras de Madeira do Estado do Pará), enviou uma nota a uma série
de associações comerciais da Europa contestando o relatório que expunha
as falhas no sistema de controle madeireiro no país. Em resposta, o
Greenpeace elaborou um comunicado comentando as alegações da Aimex. Além
de conter informações incorretas, em nenhum dos pontos a nota da
Associação foi capaz de contestar os fatos apresentados no relatório do
Greenpeace (veja aqui).
A documentação oficial do Brasil não garante, de maneira alguma, a
origem legal da madeira negociada e é inaceitável que a indústria
madeireira continue operando com níveis altíssimos de ilegalidade.
A questão da madeira ilegal na Amazônia brasileira é grave e tanto o
governo quanto a indústria têm o dever de combate-la. Convidamos a AIMEX
a também fazer parte da solução e a fazer o possível para ajudar a
limpar um setor que está fora de controle e plenamente contaminado por
madeira ilegal – em vez de sair em defesa de comportamentos criminosos.
Veja aqui o comunicado completo do Greenpeace.
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