Feito em miniaturas, com peças de Lego, novo protesto do Greenpeace pede
que a parceria da Shell com a marca de brinquedos seja interrompida.
No Canadá, Greenpeace simula vazamento de petróleo em miniatura.
O parque temático da Legolândia em Billund, na Dinamarca, amanheceu
coberto de petróleo e tomado por protestos de ativistas do Greenpeace. O
cenário, porém, era todo em miniatura, feito com peças de Lego. A
simulação é parte da campanha global do Greenpeace para que uma das
maiores empresas de brinquedo do mundo desfaça a parceria que fechou com
a Shell. A petrolífera é uma das principais responsáveis por colocar em
risco o Ártico, com seus planos de exploração de óleo na região.
A Lego, umas das marcas mais conhecidas e queridas pelas crianças,
carrega há alguns anos um contrato publicitário com a Shell. O objetivo
da gigante do petróleo é desviar a atenção de suas atividades
controversas no Ártico. Nesta terça-feira, o Greenpeace espalhou uma
série de simulações de protestos pelo mundo, feitas com os bloquinhos
coloridos. Nas faixas abertas pelos mini-ativistas um recado: “Lego,
salve o Ártico. Pare de brincar com a Shell”.
Mais de 110 mil pessoas de diferentes países já enviaram mensagens à
Lego pedindo que deixe de lado essa parceria. Desse total, 14 mil emails
vieram de consumidores no Brasil.
Desde 2012, o programa de exploração da Shell vem enfrentando muitas
críticas não só de ONGs, mas também de órgãos reguladores. Enquanto
isso, a companhia se aproximou da Lego e ambas fecharam um contrato de
peso entre elas. O resultado foram mais de 16 milhões de produtos da
Lego feitos com a logomarca da petrolífera e distribuídos em mais de 26
países. Um comunicado recente da Shell informava que a parceria de US$
116 milhões com a marca de brinquedos gerou um aumento de 7,5% nas
vendas da empresa de petróleo.
“A Shell atualmente só pode ter acesso ao petróleo do Ártico porque o
aquecimento global está derretendo rapidamente o gelo da região.
Ironicamente, as companhias de petróleo, como ela, são uma das
principais responsáveis por esse derretimento acelerado”, explicou
Fabiana Alves, coordenadora da Campanha de Clima e Energia do
Greenpeace. “As mudanças climáticas são uma ameaça ao futuro das
crianças. A Shell está tentando manipular a imagem da Lego, usando os
brinquedos para desviar a atenção de suas ações controversas. A Lego
ainda pode dar um passo atrás e se pronunciar a favor da proteção do
Ártico e das crianças, quebrando seu contrato com a Shell”.
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