Wednesday, July 2, 2014

Direito à manifestação em grave risco

Em São Paulo, prisão de estudante e professor em protesto pacífico reforça a política de repressão que governos têm adotado como única resposta às manifestações.


Pelo direito de estar nas ruas. Foto: ©Greenpeace/Brunno Marchetti

Na última terça-feira, dia 1 de Julho, observamos uma nova demonstração da incapacidade do poder público de respeitar o direito à manifestação dos cidadãos brasileiros e abrir canais de diálogo com a população.
Em ato pacífico contra a prisão do estudante Fábio Hideki e do professor Rafael Lusvarghi, detidos em protesto no dia 23 de Junho, em São Paulo, policiais agiram com força desmedida visando constranger e dispersar os presentes. Contando com a presença da Cavalaria e da Tropa de Choque, e o uso de técnicas de intimidação, a polícia, mais uma vez, demonstra que está a serviço de agenda de governantes que entendem que a repressão é melhor forma de responder à voz das ruas. Ainda que o ato fosse pacífico, seis pessoas foram detidas, novamente sem evidências de crime apresentadas.
Não existe democracia se não há espaço para manifestação pacífica, diálogo e participação popular, sempre que o povo julgar necessário. Entretanto, o que se vê é a escalada dos casos de abuso do poder repressivo com o objetivo de forçar a população a se calar, e até mesmo prisões arbitrárias já são um fato cotidiano.
O Greenpeace segue junto na luta pela garantia de direitos dos cidadãos, e soma sua voz à de todas e todos que lutam por um país melhor, com democracia real.

Como organização fundada sob o princípio da não-violência e do ativismo, seguiremos nas ruas apoiando o direito da população de expressar seus anseios por mudanças e também para condenar qualquer tentativa de criminalizar movimentos sociais e indivíduos.

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