Pelo direito de estar nas ruas. Foto: ©Greenpeace/Brunno Marchetti
Na última terça-feira, dia 1 de Julho, observamos uma nova
demonstração da incapacidade do poder público de respeitar o direito à
manifestação dos cidadãos brasileiros e abrir canais de diálogo com a
população.
Em ato pacífico contra a prisão do estudante Fábio Hideki e
do professor Rafael Lusvarghi, detidos em protesto no dia 23 de Junho,
em São Paulo, policiais agiram com força desmedida visando constranger e
dispersar os presentes. Contando com a presença da Cavalaria e da Tropa
de Choque, e o uso de técnicas de intimidação, a polícia, mais uma vez,
demonstra que está a serviço de agenda de governantes que entendem que a
repressão é melhor forma de responder à voz das ruas. Ainda que o ato
fosse pacífico, seis pessoas foram detidas, novamente sem evidências de
crime apresentadas.
Não existe democracia se não há espaço para manifestação
pacífica, diálogo e participação popular, sempre que o povo julgar
necessário. Entretanto, o que se vê é a escalada dos casos de abuso do
poder repressivo com o objetivo de forçar a população a se calar, e até
mesmo prisões arbitrárias já são um fato cotidiano.
O Greenpeace segue junto na luta pela garantia de direitos dos
cidadãos, e soma sua voz à de todas e todos que lutam por um país
melhor, com democracia real.Como organização fundada sob o princípio da não-violência e do ativismo, seguiremos nas ruas apoiando o direito da população de expressar seus anseios por mudanças e também para condenar qualquer tentativa de criminalizar movimentos sociais e indivíduos.
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