Hoje faz 29 anos que o Rainbow Warrior foi bombardeado pelo serviço
secreto francês no porto de Auckland, na Nova Zelândia, durante uma
campanha contra testes nucleares franceses no oceano Pacífico
Hoje completa-se 29 anos do bombardeio do Rainbow Warrior (© Greenpeace/John Miller)
Era quase meia-noite do dia 10 de julho de 1985 quando duas bombas
explodiram afundando o navio do Greenpeace Rainbow Warrior e matando o
fotógrafo português Fernando Pereira, que tinha acabado de completar 35
anos e era pai de duas crianças. Apenas dois agentes secretos franceses
que participaram da ação foram julgados e condenados a cerca de 10 anos
de prisão, mas liberados em menos de três anos.
O navio, que carregava a mensagem Nuclear Free Pacific (Pacífico
livre de Nuclear), estava na Nova Zelândia para protestar contra testes
nucleares franceses no Pacífico. Durante sua trajetória, testemunhou
crimes ambientais em todo mundo, promovendo a paz e capacitando as
pessoas para agir pelo futuro do planeta e para o bem das futuras
gerações. Tornou-se um símbolo de ação não-violenta.
O nome Rainbow Warrior foi inspirado numa profecia indígena
norte-americana que previu a destruição do meio ambiente pela ação dos
homens e o surgimento dos Guerreiros do Arco-Íris, que seriam os
defensores do planeta: "Quando o mundo estiver doente e morrendo, o povo
se levantará como Guerreiros do Arco-íris", diz a profecia.
O bombardeio encerrou a trajetória do primeiro Rainbow Warrior, que
hoje jaz no fundo do mar da Ilha Cavalli, na Nova Zelândia, como recife
artificial. Ele foi substituído pelo Rainbow Warrior II, que por 22 anos
fez campanha por um futuro verde e pacífico enfrentando protestos e
ações contra a caça de baleias, testes nucleares, o aquecimento global e
outros crimes ambientais. Ele foi aposentado em agosto de 2011.
Em outubro do mesmo ano, o novo Rainbow Warrior, que tem como projeto
pioneiro ser um barco sustentável, com reduzida emissão de carbono,
navegou pela primeira vez mantendo o espírito original do guerreiro do
arco-íris.
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