Esse, infelizmente, é o caso da petroleira britânica BP, que tem projetos para perfurar perto dos Corais da Amazônia, no Brasil, desde 2013. A verdade é que antes de mostrarmos em imagens subaquáticas como esse ecossistema é único, a empresa mal sabia o que havia no local.
Isso não foi o suficiente para convencê-los a parar. Foi aí que, em 2018, em mais uma expedição à região dos Corais, provamos que os recifes eram maiores que o esperado e se estendiam até a Guiana Francesa.
Não era o bastante. Um pouco mais tarde, em dezembro do mesmo ano, o IBAMA, negou a licença para perfurar a área. Dessa vez para a francesa Total.
As razões eram claras: não dava para proteger a região da ameaça do derramamento de petróleo. E nem isso convenceu a BP. Então, mais uma vez, cá estamos de volta. E com muito mais razões para manter os Corais da Amazônia protegidos.
Agora, pela primeira vez, conseguimos confirmar e documentar que a região é uma área onde as baleias migram e se reproduzem.
Observamos peixes-vela, golfinho-pintado-tropical, falsas-orcas, orcas-pigmeia, o tubarão-seda, golfinhos-cabeça-de-melão e, pela primeira vez nas águas da Guiana Francesa, documentamos a baleia-de-bryde.
Será que agora já não está óbvio que a BP deveria parar de querer explorar a região?
Como podemos ver, essa região é importante e deve ser protegida se quisermos oceanos saudáveis e equilibrados. E para isso precisamos de duas coisas:
- Que a BP retire seus planos de perfuração de petróleo de lá antes que seja tarde demais.
- Um Tratado Global dos Oceanos, que será um instrumento legal de proteção do alto-mar.
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