Em São Paulo, nos unimos aos jovens, pedimos a proteção pela Amazônia e ironizamos os “Céticos do Clima”, representados por aqueles que ameaçam o agravamento da crise climática
O Greenpeace, como parte da Coalizão pelo Clima, uma das organizadoras da mobilização em São Paulo, foi às ruas em apoio aos jovens. Com irreverência e humor, ironizamos o desmonte das políticas ambientais do governo atual mostrando os agentes e os discursos que buscam desvirtuar fatos reais e desqualificar a ciência.
No nosso bloco, trouxemos os “Céticos do Clima”, composto pelas figuras do ruralista, do terraplanista, do cientista maluco, do “sinistro” Salles e do presidente Jair Bolsonaro. “Discursos que desacreditam o trabalho de institutos responsáveis, como o INPE (Instituto Nacional de pesquisas Espaciais), a gravidade da crise climática, além do descaso com comunidades e populações indígenas que habitam os diversos biomas brasileiros não devem ser tolerados em um país democrático”, diz Fabiana Alves, da campanha de Clima do Greenpeace.
Assim como os jovens, nós também deixamos nosso recado carregando uma faixa com os seguintes dizeres: “Sem Amazônia, sem Clima”. E mais para trás, nossos ativistas carregavam um banner de 50 metros que gritava ao mundo: SOS Clima. Todo esse ativismo ao som do maracatu, batida brasileira que embalou nosso protesto pacífico na noite de ontem.
“Não existe planeta B. Se a gente destruir esse, quer dizer, se vocês destruírem mais esse planeta, não vai ter outro pra gente viver. Por isso, a gente pede para vocês ajudarem a consertar o que já foi estragado no nosso planeta”, disse Cora Mirandez, 10 anos, uma das crianças que subiu ao palco ontem em São Paulo, durante a concentração no Masp – Museu de Arte de São Paulo.
Nos Estados Unidos, foram feitos protestos em mais de 500 cidades. O país recebeu a jovem ativista sueca Greta Thunberg, que inspirou o movimento mundial da juventude a se articular pelo Clima. Diante de uma multidão, a pequena gigante de 16 anos deixou um recado: “O mundo está de olho nos governantes. Eles ainda têm a chance de provar que estão unidos pela ciência e que estão nos ouvindo”. Em Nova York, mais de 1 milhão de estudantes foram liberados pelas escolas para participar das mobilizações.
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