Os ativistas exibiram uma faixa apontando para a responsabilidade do governo brasileiro sobre o aumento do desmatamento na Amazônia com a mensagem “Bolsonaro – Amazon-Killer” (Bolsonaro – assassino da Amazônia). Os ativistas também tocaram uma centena de alarmes no pátio da residência para lembrar o ministro que a falta de ação do Brasil não passará despercebida. Não houve bloqueio das entradas do prédio e nem impedimento da entrada ou saída de pessoas e veículos. A polícia foi acionada e acompanhou o protesto à distância, visto que não houve qualquer tipo de ameaça ou agressão aos presentes na reunião.
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Ativistas realizam protesto durante visita de Ricardo Salles na França. © Jérémie Jung / Greenpeace
Salles declarou que sua intenção é usar esta viagem para mitigar os danos que os incêndios na Amazônia e as políticas anti-ambientais do governo Bolsonaro causaram à imagem do Brasil. Cerca de 2,5 milhões de hectares foram queimados na Amazônia brasileira apenas em agosto, e o número de incêndios quase dobrou desde o início da presidência de Bolsonaro, em comparação com o ano passado, de acordo com dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
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Não houve bloqueio das entradas do prédio e nem impedimento da entrada ou saída de pessoas e veículos. © Jung Park
O Greenpeace exige ações efetivas no Brasil e pede que os países europeus adotem legislações que garantam que suas cadeias de suprimentos não estejam ligadas ao desmatamento, à destruição de ecossistemas ou à violações de direitos humanos na Amazônia ou em outras regiões do mundo. “Estamos aqui hoje para denunciar a política do governo brasileiro, mas a França também é cúmplice desta política piromaníaca ao não tomar medidas concretas para proibir a chegada de matérias-primas que contribuem para o desmatamento”, diz Suzanne Dalle, da campanha de Agricultura do Greenpeace França.
Além da turnê de Salles, o governo Bolsonaro também está realizando uma campanha publicitária internacional de R$ 40 milhões para limpar a imagem do Brasil e reafirmar sua soberania no desenvolvimento da região amazônica. Com este mesmo valor, o governo poderia manter mais de 3.300 bombeiros na Amazônia por seis meses [6]. Além da economia dos cofres públicos, se eles fossem honestos, o vídeo seria bem diferente:
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