Os ativistas exibiram uma faixa apontando para a responsabilidade do governo brasileiro sobre o aumento do desmatamento na Amazônia com a mensagem “Bolsonaro – Amazon-Killer” (Bolsonaro – assassino da Amazônia). Os ativistas também tocaram uma centena de alarmes no pátio da residência para lembrar o ministro que a falta de ação do Brasil não passará despercebida. Não houve bloqueio das entradas do prédio e nem impedimento da entrada ou saída de pessoas e veículos. A polícia foi acionada e acompanhou o protesto à distância, visto que não houve qualquer tipo de ameaça ou agressão aos presentes na reunião.
“O governo brasileiro está empenhado em realizar uma campanha publicitária para apresentar lá fora um Brasil que não existe. Em nove meses de governo, assistimos perplexos ao drástico aumento de alertas de desmatamento e de queimadas, que já traz prejuízos diplomáticos e econômicos ao País”, diz Luiza Lima, da campanha de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.
Salles declarou que sua intenção é usar esta viagem para mitigar os danos que os incêndios na Amazônia e as políticas anti-ambientais do governo Bolsonaro causaram à imagem do Brasil. Cerca de 2,5 milhões de hectares foram queimados na Amazônia brasileira apenas em agosto, e o número de incêndios quase dobrou desde o início da presidência de Bolsonaro, em comparação com o ano passado, de acordo com dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A agenda da viagem de 10 dias do ministro na Europa inclui reuniões com imprensa, governos e empresas na França, Alemanha e Reino Unido. “Ao invés de tentar melhorar a imagem do Brasil com discursos falaciosos, o governo deveria assumir sua responsabilidade em garantir a proteção do meio ambiente e colocar em prática medidas concretas para reduzir o desmatamento”, afirma Luiza.
O Greenpeace exige ações efetivas no Brasil e pede que os países europeus adotem legislações que garantam que suas cadeias de suprimentos não estejam ligadas ao desmatamento, à destruição de ecossistemas ou à violações de direitos humanos na Amazônia ou em outras regiões do mundo. “Estamos aqui hoje para denunciar a política do governo brasileiro, mas a França também é cúmplice desta política piromaníaca ao não tomar medidas concretas para proibir a chegada de matérias-primas que contribuem para o desmatamento”, diz Suzanne Dalle, da campanha de Agricultura do Greenpeace França.
Além da turnê de Salles, o governo Bolsonaro também está realizando uma campanha publicitária internacional de R$ 40 milhões para limpar a imagem do Brasil e reafirmar sua soberania no desenvolvimento da região amazônica. Com este mesmo valor, o governo poderia manter mais de 3.300 bombeiros na Amazônia por seis meses [6]. Além da economia dos cofres públicos, se eles fossem honestos, o vídeo seria bem diferente:
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