“(…) que destruíram nossas malocas, roças, dinamitaram nossos lagos e igarapés envenenando mananciais, causando morte de vários indígenas, contaminaram nossas aldeias com sarampos e DSTs, acúmulo de lixos na selva do nosso território, danificando a fauna e flora, trouxeram malária para a região. Tudo isso foi encobertado até os dias de hoje.”
Em leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ocorrido na última terça-feira (10/09), foram vendidos 6 blocos em áreas sensíveis dentro da Amazônia Legal à empresa Eneva. São blocos localizados na bacia do Parnaíba (MA), nos quais foi cedido o direito à empresa de explorar petróleo e gás. Isso significa expor nosso maior patrimônio, que é a floresta amazônica, ao risco de derramamentos de óleo e mais desmatamento.
Em um momento em que a Amazônia está no centro do debate político e ambiental, o governo reafirma o tipo de desenvolvimento que pretende para o país: extrativista e fóssil.
Desde o ano passado, o Greenpeace demanda que esses blocos não sejam oferecidos. Insistimos para que o governo promova a transição para uma economia limpa e 100% renovável, como mostra nosso relatório [R]evolução Energética. O Brasil tem um dos maiores potenciais em energias renováveis do mundo e poderia ter um papel de liderança nos esforços contra as mudanças climáticas. No entanto, o governo Bolsonaro tem optado pelo papel de vilão da floresta e do clima, encorajando agentes, como a Eneva, a explorar recursos em áreas que deveriam ser protegidas.
A sociedade mostrou que não aceita mais essas agressões ao meio ambiente com manifestações em diversas cidades do Brasil e do mundo. No dia 20 de setembro é hora de ir às ruas novamente pela defesa do clima e da Amazônia. Saiba mais sobre a Greve Global Pelo Clima aqui.
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