Eólicas destronam fontes fósseis e reafirmam o potencial avassalador das energias renováveis no Brasil

Eólicas
já são mais competitivas que fontes fósseis e abrem caminho para um
futuro brilhante das energias renováveis © Bernd Lauter / Greenpeace
“Que isso sirva para o governo reavaliar sua visão sobre a fonte de energia elétrica mais poluente que existe, ineficiente e, como vimos hoje, inviável economicamente”, afirma Marcelo Laterman, especialista em Energia do Greenpeace Brasil.
O sucesso das eólicas mostra a maturidade da fonte, que teve a forma de contratação alterada e, por causa da nova regra, teve uma alta no preço em relação a leilões anteriores – foi de R$ 67,60 para R$ 90,45/MWh. Ela passou a ter sua energia contratada por quantidade e não por disponibilidade como anteriormente, o que aumenta os riscos ao empreendedor. Ou seja, mesmo o governo impondo regras mais duras para a fonte, ela ainda demonstra vantagens significativas em relação às fósseis – contratadas por disponibilidade.
Mesmo com a mudança de regra para as eólicas, a predominância na oferta de térmicas a gás e o absurdo da inclusão de térmicas a carvão, esses resultados confirmam, a cada dia, que fontes fósseis não têm mais espaço na nossa matriz. É importante comemorar que o resultado deste leilão não confirmou seu potencial catastrófico. Na última quarta-feira, dois dias antes do leilão, nossos ativistas realizaram um protesto-funeral do carvão em frente a uma grande termelétrica, no sul do país.
“Mas não podemos relaxar. Há questões ainda em aberto: até quando o governo vai permitir que o carvão ameace nossa matriz energética? Por que não incentivar a geração de energia solar fotovoltaica e incluí-la no leilão?” aponta Laterman. Nós, do Greenpeace, continuaremos pressionando por essas respostas.

Ativistas
pedem que o governo brasileiro se comprometa com o fim do carvão, em
frente à termelétrica de Candiota (RS) © Marlon Marinho / Greenpeace
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