por
Thaís Herrer
A bacia da foz do rio Amazonas, onde fica o recife, não
entrou na lista de áreas a serem leiloadas para a exploração de petróleo
em leilões futuros. Mas a ameaça aos Corais da Amazônia continua
Alívio. Foi a sensação que tivemos ao
ler a notícia sobre dois futuros leilões de áreas onde empresas poderão
no futuro perfurar para extrair petróleo. A bacia da foz do Rio
Amazonas, onde fica o recife dos Corais da Amazônia, ficou de fora dos
leilões da 17a e 18a rodadas, que acontecerão em 2020 e 2021. A notícia
foi dada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que publicou uma resolução
autorizando a Agência Nacional do Petróleo a realizar essas rodadas de
licitações para exploração e produção de petróleo e gás natural.
Os blocos na bacia da foz do rio
Amazonas faziam parte dos planos, mas foram deixados de lado dessa vez.
Isso traz algum alívio porque é ali que estão os Corais da Amazônia, um ecossistema único no mundo e que já está ameaçado pela indústria do petróleo que pretende perfurar a região. Infelizmente,
o alívio para por aí. Atualmente, o recife está sob a ameaça iminente
da petrolífera francesa Total, que está em fase final de seu processo de
licenciamento.
Em abril, fomos com nosso navio
Esperanza pela segunda vez até o litoral do Amapá estudar o recife e os
seres marinhos que habitam ali. Descobrimos que existe um banco de rodolitos (algas
calcárias) dentro de um dos blocos que a Total que explorar. Isso já
seria suficiente para invalidar o Estudo de Impacto Ambiental da
empresa, que insiste nesse plano insano.
Também achamos uma formação recifal na Guiana Francesa, semelhante aos Corais da Amazônia. Isso ajuda a provar em breve que o ecossistema vai muito além do que imaginávamos.
Mais de 2 milhões de pessoas já
assinaram uma petição e se tornaram defensoras dos Corais da Amazônia,
para evitar que o petróleo ameace esse tesouro natural. Se você não
assinou, ainda dá tempo.
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