O futuro das baleias está em jogo
A Comissão Internacional da Baleia, reunida no Brasil, além de negar mais uma vez a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, pode liberar a caça comercial desses animais incríveis
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As baleias são fundamentais para a saúde dos oceanos e um dos animais mais incríveis deste planeta © Scott Portelli / Greenpeace
Apesar de a maioria, incluindo o Brasil, se manifestar pela criação do santuário, o índice mínimo de 75% para a aprovação não foi alcançado. A CIB tem 89 governos membros, mas nem todos eles têm direito a voto ou simplesmente não estão representados na reunião deste ano. Por mais decepcionante que seja esta decisão, estamos certos agora de que o lado da proteção é maioria. E há mais por vir deste movimento.

Em
2016 fizemos uma intensa mobilização e nossos ativistas entregaram 800
mil assinaturas pela criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul ao
ministro do Meio Ambiente na época, José Sarney Filho © Eduardo Zappia
Liberação da caça comercial “sustentável”?
Esta é uma reunião especial que só acontece a cada dois anos e, desta vez, logo após uma enorme controvérsia envolvendo imagens de baleias-azuis híbridas mortas na Islândia. Cerca de 400 delegados de vários países membros da Comissão Internacional da Baleia e representantes de várias ONGs, como o Greenpeace, estão reunidos em Florianópolis (SC) até o dia 14/9. Para além do santuário, o que está em jogo é o futuro das baleias, ameaçado por um debate polarizado em torno da caça comercial.De um lado, os governos “pró-caça”, como o japonês, desejosos de minar a proibição da caça comercial que existe desde 1986, apresentaram a indecente proposta “Way Foward” de legitimar a atividade baleeira “de forma sustentável”, reduzindo as proteções existentes. Do outro lado, os governos “pró-baleias” estão dispostos a defendê-las. É deste grupo a “Declaração de Florianópolis”, promovida pelo Brasil, o país anfitrião, que quer comprometer a CIB a avançar como uma organização focada na conservação, a partir de três reconhecimentos: que a atividade baleeira não é mais uma atividade econômica necessária; de que as baleias são cruciais para manter os oceanos saudáveis; e das muitas ameaças que esses animais ainda enfrentam.
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Embora
a maioria dos países membros tenha votado pela criação do santuário de
baleias, o índice de 75% não foi alcançado © Leandra Gonçalves /
Greenpeace
Você pode ser parte deste grande movimento pelo planeta. Torne-se um voluntário ou doador e ajude-nos a defender os nossos mares!
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