Cem mil pessoas apoiaram a campanha para exigir que a Pemex retirasse as
acusações absurdas de dano ao patrimônio; ambientalistas seguirão
pedindo por energias renováveis
Ativistas do Greenpeace estendem bandeirão de 125 m² no prédio da Pemex,
em porto Veracruz, México. 01/03/2014 (© Ivan Castaneira / Greenpeace)
Rosina González e mais cinco ativistas do Greenpeace México ficaram
livres das penas por dano ao patrimônio que a estatal Petróleos
Mexicanos (Pemex) havia apresentado à justiça. Os seis voluntários
participaram de uma manifestação pacífica no porto de Veracruz, dia
primeiro de março, onde foi exigido energias renováveis nas leis de
Reforma Energética do país.
Os ativistas se manifestaram no prédio da Pemex, de onde estenderam
um bandeirão de 125 metros quadrados. A princípio, a estatal acusou
Rosina de ter quebrado uma lâmpada acidentalmente durante o protesto.
Pela lei, isso poderia deixá-la presa por dez anos.
“É um absurdo que ativistas comprometidos com o planeta e com um
futuro melhor para o planeta sejam criminalizados por manifestarem-se
pacificamente numa reivindicação por mais energias renováveis e um país
digno para nossos filhos e futuras gerações”, defendeu Rosina.
“Protestar pacificamente é um direito, não um delito”, completou.
Duro na queda
Durante três meses o Greenpeace insistiu que a Pemex reconhecesse que
protestar pacificamente não é crime e que o suposto dano a uma lâmpada –
acidental, de toda maneira – não é motivo para condenação. Nesse
contexto, lançou-se a campanha “Pemex não nos cala”, dirigida ao CEO da
empresa Emilio Lozoya pedindo que as queixas contra Rosina fossem
retiradas. Mais de cem mil pessoas se juntaram à causa e ajudaram a
pressionar Lozoya.
Finalmente, a estatal desitiu de levar as acusações adiante, já que o
Greenpeace havia pago os danos causados. Além disso, é importante
ressaltar que o próprio Ministério Público mexicano comprovou infundada a
alegação de dano ao patrimônio público.
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