Ativistas servem coquetel "Cisne Negro", termo que significa vazamento
catastrófico de petróleo, durante Conferência Global de Energia.
(©Greenpeace)
Disfarçada de representante da Gazprom, uma das maiores empresas petrolíferas no mundo e contra a qual os ’30 do Ártico’ protestaram, ela logo foi interrompida quando os seguranças perceberam que, na verdade, ela era uma ativista do Greenpeace. Após ter deixado a sala, seu discurso que havia sido gravado foi transmitido ao público em um equipamento que não podia ser parado.
Em seu discurso, ela disse: “Olá, esta é uma mensagem do Greenpeace e precisamos avisá-los sobre o enorme risco de perfurar petróleo no Ártico. A organização e os milhões de defensores do Ártico em todo mundo não podem ser silenciados pela Gazprom ou por qualquer outra empresa – como a Shell – que quer explorar no Ártico.
Em meados de dezembro, a Gazprom pretende ser a primeira empresa a extrair petróleo comercialmente no Ártico. Justamente, uma empresa que tem um histórico de segurança e ambiental terríveis. Em 2011, uma de suas plataformas naufragou e matou 53 tripulantes. A empresa assumiu a responsabilidade por nada menos que 872 vazamentos de petróleo em terra, em 2011, quantidade superior à de qualquer outra empresa.
Seu histórico de gestão também é péssimo. A Gazprom não possui técnicos experientes que saibam administrar a exploração de óleo em alto mar. Ela também ignora a regulamentação: não publicaram até agora um plano de contingência e de resposta à vazamentos.
Mas o mais importante é que o óleo do Ártico não pode ser queimado sem trazer ao mundo descontroladas mudanças climáticas. Explorar mais petróleo – combustível responsável pelo derretimento do Ártico – é simplesmente imprudente. Não é de se espantar que os “30 do Ártico” sentiram que precisavam agir e impedir os planos da Gazprom. Esse é o momento das empresas abandonarem as ideias de explorar no Ártico.
Aproveitem essa oportunidade e discutam o assunto nesta Conferência.”
Durante o evento, ativistas vestidos como garçons ofereceram ao público bebidas como ‘Cisne Negro’ – que possuíam a cor de petróleo bruto e com pequenos ursos polares afogados nos copos. “Cisne negro” é a expressão utilizada pela indústria do petróleo para catastróficos vazamentos de óleo. Os garçons serviram apenas alguns drinks e logo foram expulsos do evento.
O Greenpeace pede que a Gazprom – e empresas como a Shell, acionistas e investidores na indústria do petróleo – parem de perfurar o Ártico, um ecossistema frágil e cujas dificuldades de exploração apresentam alto risco. Os participantes da Conferência Global de Energia devem explorar urgentemente formas de substituir combustíveis fósseis, óleo e gás por energias renováveis para que os impactos das mudanças climáticas não se espalhem de maneira catastrófica.
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