Wednesday, December 18, 2013

Parlamento Russo vota anistia nesta quarta

Se ativistas do Greenpeace forem incluídos no texto, a investigação de vandalismo pode ser encerrada.

Protestos em apoio aos ativistas tomaram o mundo nos últimos meses. Foto: © Tommaso Galli / Greenpeace 

Por ocasião do aniversário de 20 anos da Constituição russa, o parlamento do país aprovou nesta terça-feira um projeto de anistia que pode beneficiar alguns presos. O texto adotado não incluía os 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas que estão acusados de vandalismo após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico. Mas algumas mudanças no texto ainda estão sendo propostas e, nesta quarta-feira, haverá a votação final. Alguns parlamentares sinalizaram a intenção de incluir o grupo na anistia.
A atual proposta de anistia só beneficia pessoas que já tenham sido julgadas e condenadas pela Justiça russa. Mas o deputado Alexander Remezkov, do partido governista Rússia Unida, defendeu hoje que ela seja estendida àqueles que ainda estão respondendo à acusação de vandalismo.
Remezkov é o deputado à frente do Comitê Legislativo do parlamento, responsável  pela proposição da anistia. Em entrevista ao jornal Kommersant, Pavel Krasheninnikov, que coordena o grupo, declarou concordar que a “anistia seja estendida aos que estão sob investigação”.
As mudanças feitas hoje no texto serão votadas nesta quarta-feira. Caso o benefício inclua pessoas acusadas de vandalismo e o presidente russo Vladimir Putin sancione o projeto, isso pode resultar no fim da investigação sobre o grupo, permitindo que os ativistas possam voltar para seus países de origem assim que um visto for concedido a eles.
A holandesa Faiza Oulahsen, que é uma das ativistas, comentou o caso: “Passei dois meses na cadeia acusada de um crime que não cometi, e até hoje não pude voltar para casa. Não sou vândala, tampouco pirata. Somos inocentes e sempre fomos. As acusações têm que ser retiradas e queremos ter o direito de voltar para nossas famílias”.
No dia 19 de setembro, os 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas foram presos em águas internacionais após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico pela empresa russa Gazprom. Após dois meses atrás das grades, eles ganharam liberdade provisória mediante pagamento de fiança. Porém, continuam acusados de vandalismo e impedidos de deixar a Rússia. 

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