A petroleira estatal russa Gazprom, principal patrocinadora da Liga dos
Campeões, um dos campeonatos mais importantes de futebol, disputado por
prestigiados clubes europeus, levou uma goleada nessa semana. Uma das
empresas com maiores pretensões em perfurar o Ártico, a Gazprom teve que
encarar protestos do Greenpeace durante três jogos acompanhados por
milhões de fãs em todo o mundo.
Minutos antes do pontapé inicial do jogo de ontem entre Áustria Viena
e Zenit St. Petersburgo, na capital austríaca, seis ativistas vestidas
de líderes de torcida entraram em campo com um banner dizendo: “Gazprom,
não suje o Ártico”.
Momentos depois, escaladores do Greenpeace desceram do teto do
estádio San Paolo, em Nápoles, no intervalo do jogo entre o time da casa
e o Arsenal, equipe londrina, um banner vertical com os dizeres
“Justiça para Cristian”. Enquanto isso, outra mensagem foi exibida da
torre mais alta do estádio: “Gazprom, saia do Ártico”.
De São Petersburgo, Crisian D’Alessandro, um dos 28 ativistas presos
após protesto pacífico no Ártico, comentou: “Não podemos deixar essas
companhias perfurarem o Ártico. É por esse motivo eu estávamos a bordo
do Arctic Sunrise, alertando o mundo de um desastre ambiental
irreparável à humanidade e ao planeta”.
A ação de hoje fecha uma semana de protestos do Greenpeace, que
começou na segunda feira, durante coletiva de imprensa pré-jogo do Real
Madrid, que enfrentaria o Copenhague pela sexta rodada da fase de
grupos. Um banner de controle remoto foi exposto na sala repleta de
jornalistas, sobre o quadro de patrocinadores do campeonato. No jogo
entre Galatasaray e Juventus, este ontem, os torcedores da equipe de
Instabul ajudaram a esticar um bandeirão com a mensagem “Chute a Gazprom
para longe do Ártico”.
“A Gazprom está usando o apelo e o glamour do futebol para tentar
limpar sua imagem, enquanto por trás das cenas ameaça um dos biomas mais
ricos do planeta”, comenta Ben Ayliffe, coordenador da campanha do
Ártico. A série de protestos dessa semana é parte da campanha
internacional do Greenpeace Salve o Ártico, apoiada por
4,5 milhões de pessoas em todo o mundo, e tem como objetivo banir a
exploração de petróleo e a pesca predatória da região.
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