Parece que a insanidade na exploração petrolífera não tem fim: mesmo
depois de precisar interromper seu programa de perfuração no Alasca,
Estados Unidos, por questões de segurança, a Shell - uma das maiores e
mais poderosas empresas do mundo - voltou a insistir nessa empreitada
arriscada, suja e insustentável, que é a exploração no Ártico.
Agora, a gigante do petróleo assinou um acordo com a Gazprom, maior
empresa do país, e o presidente russo, Vladimir Putin, que abriu a
porta dos fundos e convidou a Shell para perfurar no Ártico russo, onde a
corrupção é abundante e as empresas petrolíferas estão em sua grande
maioria operando sem regulamentação.
Dadas as circunstâncias, a armadilha está feita e grandes
derramamentos como o da Deepwater Horizon da BP no Golfo do México são
mais do que prováveis. Além disso, a operação dessas gigantes do
petróleo representa ameaças também para comunidades indígenas e toda a
fauna local, incluindo ursos polares.
A triste ironia dessa nova exploração é que ela só é possível devido
ao derretimento das calotas polares. O ciclo vicioso já começou e
somente a mobilização popular pode mudar essa realidade: em apenas 12
meses, mais de três milhões de pessoas assinaram pedindo o fim da
exploração do Ártico. Assine você também, conte aos seus amigos e ajude a preservar uma das regiões mais importantes para a manutenção do equilíbrio climático do planeta.
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