O antropólogo e jornalista Fernando Rossetti, 51, é o novo diretor-executivo do Greenpeace Brasil (©Greenpeace/divulgação)
Com graduação em Ciências Sociais pela Unicamp e especialização em Direitos Humanos pela Universidade Columbia, dos Estados Unidos, Fernando é especialista na área de educação. Por quase dez anos (1990-1999), cobriu esse tema pelo jornal Folha de S.Paulo.
Foi também co-fundador do Aprendiz, organização focada nos jovens da cidade de São Paulo e que desenvolveu o conceito de “bairro-escola”. Desde 2004, Fernando estava a frente do GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), uma rede sem fins lucrativos que reúne organizações de origem empresarial, familiar, independente e comunitária, que investe em projetos de finalidade pública.
Leia entrevista com Fernando Rossetti:
“É uma honra assumir a direção do Greenpeace Brasil, uma organização com reputação, independência e relevância para o debate ambiental nacional e global. Nosso desafio agora é repensar o papel do Greenpeace diante dos novos movimentos que surgem e torná-lo cada vez mais uma voz que represente os desejos que vêm das ruas”, disse Rossetti.
Fernando recebe a organização das mãos de Marcelo Furtado, que após 23 anos trabalhando no Greenpeace, cinco deles como diretor-executivo do escritório brasileiro, decidiu trilhar novos desafios profissionais.
“A decisão de deixar a organização é estritamente pessoal e motivada pelo desejo de inovar minha carreira profissional e pelo compromisso de dar espaço a novas lideranças, que seguramente vão oxigenar as ideias. Parto feliz pelos resultados que alcançamos promovendo as energias renováveis, combatendo as mudanças climáticas e tranquilo em ver que o Greenpeace Brasil está com uma equipe comprometida em fazer com que nosso trabalho resulte em transformações duradouras”, disse Furtado.
Nos cinco anos de gestão de Marcelo Furtado, a organização passou por forte crescimento, com uma expansão de, aproximadamente, 83% nas arrecadações exclusivamente brasileiras (dados de 2008 a 2012). O que não é pouco para uma organização que não aceita doações de empresas, governos, nem partidos políticos. Durante sua gestão, o Greenpeace Brasil se consolidou como uma das referencias no debate das mudanças climáticas, energias renováveis e do desmatamento zero.
Hoje, o Greenpeace Brasil possui três escritórios (São Paulo, Manaus e Brasília) e mais de cem funcionários que trabalham para dar suporte às duas campanhas atualmente em curso: Amazônia e Clima & Energia.
Juntamente com o novo diretor-executivo, o Conselho do Greenpeace Brasil também terá uma nova presidente. No lugar de Rachel Biderman, que deixa de presidir o conselho após dois anos, assume a arquiteta e urbanista Laura Valente, mestre em gestão ambiental pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, consultora sênior em políticas e gestão para sustentabilidade e assessora do World Resources Institute e o Embarq Brasil no tema de mobilidade e cidades sustentáveis no Brasil.
“A organização está passando por grandes mudanças em nível internacional. Ser presidente do conselho significa zelar que essas mudanças sejam implementadas da forma correta junto com o diretor-executivo. Além disso, temos que garantir a nossa representatividade junto à organização internacional e acompanhar os posicionamentos do escritório brasileiro. Fico triste com a saída do Marcelo Furtado, uma grande referência ao movimento ambientalista; um modelo de ativista e de executivo do terceiro setor. Por outro lado, a chegada do Fernando faz parte dos novos desafios que iremos enfrentar. Estou feliz por fazer parte disso”, afirma Valente.
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