Equipe expedicionária do Greenpeace, formada por 15 pessoas incluindo Alejandro Sanz (©Greenpeace/Pedro Armestre)
O quinto dia da expedição Salve o Ártico foi marcado pela superação. A
equipe do Greenpeace conseguiu alcançar a plataforma polar ártica, uma
região de difícil acesso. O grupo teve a plataforma como paisagem ao
longo de quase toda a viagem, mas alcançar a segunda maior massa de gelo
do planeta foi muito impactante para todos os integrantes.
Após sair de Kulusuk em pequenos botes e navegar duas horas por entre
icebergs, o primeiro acesso à plataforma ártica foi alcançado. Ao
desembarcar, uma surpresa até para os Inuits: o que era gelo no verão
passado, neste ano virou praia. Lars, um dos guias Inuits, explicou que
há 11 meses o gelo se espalhava por pelo menos mais um quilômetro. “Mais
uma vez testemunhamos evidências dos efeitos causados pelas mudanças
climáticas no Ártico, presentes ao longo de toda a expedição” comentou
Laura Perez, diretora de comunicação do Greenpeace Espanha.
No verão, o degelo afeta 95% de sua superfície, o que faz a
plataforma perder um volume de gelo equivalente a um estádio de futebol a
cada três minutos. Para piorar, essa área está ameaçada pela exploração
de petróleo, uma vez que as empresas enxergam no degelo uma
oportunidade de descobrir novas zonas de perfuração.
Já sobre a plataforma de gelo, os quinze membros da expedição, entre
os quais se encontra Alejandro Sanz, embaixador da campanha Salve o
Ártico, se amarraram com uma corda e empunharam seus machados de gelo
para continuar a exploração. O grupo percorreu a plataforma polar por
horas, desviando de rachaduras de até 800 metros com verdadeiros rios
subterrâneos. Na volta, percorreu-se a massa de gelo por mais algumas
horas, às vezes sendo necessário voltar para encontrar caminhos
alternativos.
“A beleza deste lugar é extrema. Ao subir nos botes para partirmos,
vimos uma enorme lua vermelha, em plena luz do dia, já que no verão aqui
não anoitece”, disse Laura Perez. Uma enorme baleia veio marcar a
despedida do grupo da plataforma polar ártica, o que deixa mais difícil
ainda de compreender, segundo Laura, porque as empresas petrolíferas
elegeram essa região para perfurar e extrair petróleo, com o risco de
que um vazamento tinja para sempre de preto a vida deste lugar.
“Bom, finalmente chegamos ao fim da expedição. Alcançamos a
plataforma polar ártica, estamos no polo Norte. Mas nosso trabalho não
termina aqui, nossa luta é continuar até que a campanha Salve o Ártico
seja uma relaidade” concluiu Alejandro Sanz.
Se você já assinou a petição Salve o Ártico, compartilhe com seus
amigos. Ainda há tempo de deter a Shell, Gazprom e outras companhias de
perfurarem o Ártico. E para quem ainda não assinou, não perca essa
chance de fazer a diferença. Vamos transformar o Ártico num “santuário
protegido”, isolado das intervenções humanas e das atividades
predatórias.
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