Em paralelo à ação que fizemos a bordo do navio Arctic Sunrise, ativistas se reuniram em frente à sede da BP em Londres e em Aberdeen, na Escócia. Na Alemanha, um grupo protestou do lado de fora da empresa exibindo uma faixa com o texto “BP Destroys The Climate” (BP Destrói o Clima). Nos Estados Unidos, Áustria e em todo o Reino Unido, defensores do Clima foram a postos de gasolina da BP e levaram faixas com a mensagem “Climate Emergency” (Emergência Climática).
Em um discurso único, todos replicaram um recado que também é nosso: a BP precisa encerrar imediatamente a busca por novas reservas de petróleo e gás e iniciar uma transição rápida e justa para se tornar uma indústria 100% voltada para energia renovável.
Não podemos esquecer que a BP é a empresa que também ameaça os Corais da Amazônia, que guardam uma rica diversidade de vida no oceano, incluindo espécies ameaçadas de extinção.
Dos escaladores que tomaram um dos pórticos da plataforma à ativista que bloqueou o caminho da estrutura, nossos bravos ativistas não mediram esforços para tentar barrar as ações da BP. No entanto, a empresa insiste em fazer pouco caso da crise climática atual, uma vez que cientistas alertam que já exploramos petróleo e gás para além do que é possível se quisermos cumprir o acordo climático de Paris.
Nosso colega John Sauven, diretor executivo do Greenpeace no Reino Unido, ressalta: “Nos últimos 12 dias, vimos o que um navio do Greenpeace e um grupo de ativistas dedicados podem alcançar diante de uma empresa gigantesca que destrói o clima. Mas eles não estavam sozinhos. Há um movimento de milhões de pessoas exigindo que empresas como a BP se tornem “mais limpas” e realmente encarem a Emergência Climática”.
Acompanhe o que aconteceu nesse protesto, desde que os primeiros escaladores chegaram à plataforma:
Dia 1 (domingo, 9 de junho)
Às 14h30 do horário de Brasília, uma equipe de ativistas do Greenpeace, no Reino Unido, segue de barco para a plataforma de petróleo, na Escócia. Chegando lá, eles a impedem de ser rebocada, escalam um dos pórticos e abrem um banner onde estava escrito: “Emergência Climática”.
Dia 2 (segunda-feira, 10 de junho)
As ativistas Fran e Jo permanecem em uma das pernas da plataforma, abaixo do convés principal. No final da tarde, Pete e Tom trocam de lugar com elas e afirmam que pretendem ficar por dias.
Dia 3 (terça-feira, 11 de junho)
Depois de mais de 40 horas de ocupação da plataforma de exploração de petróleo da BP, o governo da Escócia emite um documento, equivalente a uma liminar no Brasil, para barrar a ação.
Dia 4 (quarta-feira, 12 de junho)
A plataforma continua ocupada pelos escaladores. Tom, um dos nossos ativistas que chegaram à plataforma na segunda-feira, manda um recado para a petrolífera: “Vamos ficar aqui e queremos passar uma mensagem para a BP. É hora de mudar seu modelo de negócio e investir em renováveis”.
Dia 5 (quinta-feira, 13 de junho)
Já são cerca de 70 horas de protesto pacífico e a BP começa a submergir a plataforma para tirar os ativistas do local. Nesse mesmo dia, a polícia da Escócia começa a tentar remover os ativistas. Não foi um trabalho fácil para a polícia, mas contando com a ação de alpinistas que chegam pela parte superior da plataforma, eles conseguem removê-los.
Dia 6 (sexta-feira, 14 de junho)
Às 4 da manhã, Meena e Andrew, ativistas do Greenpeace do Reino Unido, reocupam uma das pernas do pórtico da plataforma de petróleo da BP! Isso aconteceu poucas horas depois da polícia da Escócia ter declarado o fim do protesto. E na noite da mesma sexta-feira, a polícia consegue removê-las e a plataforma começa a ser rebocada para o próximo local de perfuração, o campo petrolífero Vorlich, no Mar do Norte.
Dia 7 (sábado, 15 de junho)
O navio do Greenpeace, Arctic Sunrise, navega em direção à costa leste do Reino Unido para alcançar a plataforma. Uma equipe de escaladores ativistas do Greenpeace da Alemanha está a bordo. Em todo o Reino Unido, protestos de solidariedade com as bandeiras “Climate Emergency” (Emergência Climática, em português) começam a acontecer fora dos postos de gasolina da BP.
Dia 8 (domingo, 16 de junho)
O navio do Greenpeace, o Arctic Sunrise, alcança a plataforma de petróleo da BP, no Mar do Norte. Em uma reviravolta inesperada, a estrutura começa a ser rebocada de volta à costa da Escócia. Na madrugada, os ativistas tentaram reembarcar na plataforma da BP pela quarta vez, mas o navio da BP que rebocava a estrutura se afastou.
Dias 9 e 10 (segunda e terça-feira, 17 e 18 de junho)
Nossos ativistas forçaram a plataforma de exploração de petróleo da BP a mudar a rota pela terceira vez, bloqueando a operação pelo 10o dia consecutivo. Quando estava apenas a alguns quilômetros do local onde a petroleira pretende explorar 30 milhões de barris de petróleo, ela desvia e volta a ser rebocada em direção à costa novamente. A bordo de dois botes infláveis do navio, os ativistas chegam perto da estrutura com cartazes contendo “Climate Emergency” (“Emergência Climática”).
Dia 11 (quarta-feira, 19 de junho)
No décimo primeiro dia do protesto, nossos ativistas continuam cercando a plataforma para impedir que ela avance com os planos de explorar petróleo no Mar do Norte. No início da manhã, uma experiente nadadora do Greenpeace entrou nas águas frias do Mar do Norte, colocando-se entre o local de perfuração e o equipamento de 27 mil toneladas, tentando evitar que ele ancorasse.
Apesar de ser informado da presença da nadadora na água, a sonda continuou seu curso chegando bem perto dela, momento em que a ativista foi retirada da água e levada de volta para o navio.
Dia 12 (quinta-feira, 20 de junho)
O protesto chega ao fim, mas não a nossa disposição de continuar pressionando pelo fim dos combustíveis fósseis.
Você também pode ajudar nessa pressão contra a BP. Participe do abaixo-assinado pela proteção dos Corais da Amazônia.
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