Simulamos um derramamento na cara da Total para que ela não ignore mais o que pode acontecer com os Corais da Amazônia
Na manhã desta quinta-feira (28), nossos ativistas surpreenderam os
funcionários da Total com um “derramamento de óleo” na porta de seu
escritório, e uma mensagem clara e direta: “O povo disse não, a Ciência
disse não, o Ibama disse não. Fique longe dos Corais da Amazônia”. A
empresa não pode mais fingir que ignora o alto risco disso acontecer
nesse ecossistema único, se ela continuar com seus planos de exploração
de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas.
A ação foi realizada no coração da indústria do petróleo no país, a
Avenida do Chile, no Rio de Janeiro, onde estão ainda escritórios da
Petrobras, Shell, Chevron, fornecedores e consultorias do setor de óleo e
gás.
Na cara da Total
Usamos também um grande drone para levar a mensagem ao 19º andar do prédio, onde está o escritório da empresa. O objetivo era conscientizar os funcionários da opinião pública contra a perfuração de petróleo perto desse ecossistema. “Os funcionários de Total devem estar cientes da verdade: risco de um derramamento é alto e a empresa não está preparada para isso”, afirma Thiago Almeida, especialista em energia do Greenpeace Brasil.
Mais de um milhão de pessoas assinaram a petição, dezenas de
cientistas assinaram uma Carta Aberta, e a equipe técnica do governo
rejeitou o Estudo de Impacto Ambiental da empresa, no entanto, a Total
insiste em tentar explorar petróleo perto dos Corais da Amazônia. “Isso é
inaceitável sob qualquer perspectiva, e é hora dela desistir de seus
planos. Não podemos permitir que o lucro venha antes da proteção de um
ecossistema único e das pessoas que seriam afetadas por um potencial
derramamento”, completa Thiago.
Em agosto o Ibama rejeitou pela terceira vez o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) da empresa, necessário para a obtenção da licença que
autoriza a perfuração na bacia da foz do rio Amazonas. Segundo a
presidente do Ibama, a Total não forneceu, de novo, informações
adequadas sobre o impacto ambiental do projeto, como apontamos no
relatório Amazônia em Águas Profundas.
A Total admite, no seu próprio EIA, a probabilidade de até 30% de o petróleo atingir o recife em caso de derramamento. No entanto, a petrolífera continua pressionando o governo para obter a licença.
Se você ainda não assinou a petição pela Defesa dos Corais da Amazônia, junte-se a nós nesse movimento global.
Os ativistas simularam um derramamento com um enorme barril
inflável da Total e um banner de 24 x 14 metros em forma de mancha de
óleo sobre uma passarela que cruza a Avenida do Chile, no Rio de
Janeiro. Fernanda Ligabue/Greenpeace
De forma pacífica, o protesto chamou a atenção de toda a indústria do petróleo. Fábio Nascimento/Greenpeace
Ativistas do Greenpeace usam óleo para representar as
comunidades do Amapá possivelmente impactadas por um vazamento de
petróleo. Foto: João Laet/ Greenpeace
Usamos também um grande drone para levar a mensagem ao 19º andar do prédio, onde está o escritório da empresa. O objetivo era conscientizar os funcionários da opinião pública contra a perfuração de petróleo perto desse ecossistema. “Os funcionários de Total devem estar cientes da verdade: risco de um derramamento é alto e a empresa não está preparada para isso”, afirma Thiago Almeida, especialista em energia do Greenpeace Brasil.
Nossa mensagem foi do chão até a janela da Total, no 19 andar. Foto: Fábio Nascimento/Greenpeace
O drone levou a mensagem aos funcionários para que tenham a
real ciência de que sua empresa não está preparada para lidar com os
altos riscos de uma exploração petrolífera na foz do rio Amazonas. Foto:
João Laet / Greenpeace
A Total admite, no seu próprio EIA, a probabilidade de até 30% de o petróleo atingir o recife em caso de derramamento. No entanto, a petrolífera continua pressionando o governo para obter a licença.
Ao longo de toda a mobilização, o público interagiu com os
ativistas e manifestou apoio à defesa dos corais. Foto: João
Laet/Greenpeace
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