Procurador-geral da República declara que a lei afronta princípios
constitucionais e promove retrocesso legislativo, favorecendo grilagem e
desmatamento
No final de julho, um grupo de 60 organizações e
redes da sociedade civil pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, que propusesse uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
contra a lei 13.465, conhecida como Lei da Grilagem. Na semana passada,
Janot ajuizou a ADI
no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão imediata da lei.
Sancionada por Michel Temer em julho, a lei, resultado da conversão da
Medida Provisória 759, trata da regularização fundiária rural e urbana e
da ocupação de terras da União na Amazônia Legal.
Daniel Beltra/Greenpeace
Na carta enviada à Janot, as organizações alertam que, na prática, a lei “promove a privatização em massa e uma verdadeira liquidação dos bens comuns, impactando terras públicas, florestas, águas, e ilhas federais na Amazônia e Zona Costeira Brasileira”.
A lei, sancionada por Temer para atender interesses dos ruralistas, concede anistia à grilagem de terras ao permitir a regularização de ocupações feitas até 2011. Também premia grileiros ao fixar valores que podem ser inferiores a 10% do valor de mercado das terras. Segundo cálculos do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), apenas na Amazônia esse subsídio ao crime fundiário pode chegar a R$ 19 bilhões. A nova legislação garante, ainda, a possibilidade de regularização de grandes propriedades, de até 2.500 hectares, que hoje só podem ser regularizadas por licitação.
Os últimos meses foram marcados por uma grande ofensiva do governo Temer, com apoio da bancada ruralista, à conservação ambiental e aos direitos sociais, em forma de decretos, Medidas Provisórias (MPs) e Projetos de Lei (PLs) que diminuem a proteção da floresta e de seus povos. Além da sanção à lei que promove grilagem, o governo também apresentou medidas para enfraquecer outras áreas de proteção ambiental da Amazônia, flexibilizar o licenciamento ambiental, impedir novas demarcações de Terras Indígenas, promover o uso e registro de mais agrotóxicos e acabar com a rotulagem de alimentos transgênicos.
Agora é o momento de todos se unirem pela proteção da Amazônia. Participe desse movimento.
#resista #TodosPelaAmazônia
Procurador-geral da República declara que a lei afronta princípios
constitucionais e promove retrocesso legislativo, favorecendo grilagem e
desmatamento
No final de julho, um grupo de 60 organizações e
redes da sociedade civil pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, que propusesse uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
contra a lei 13.465, conhecida como Lei da Grilagem. Na semana passada,
Janot ajuizou a ADI
no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão imediata da lei.
Sancionada por Michel Temer em julho, a lei, resultado da conversão da
Medida Provisória 759, trata da regularização fundiária rural e urbana e
da ocupação de terras da União na Amazônia Legal.
Daniel Beltra/Greenpeace
Na carta enviada à Janot, as organizações alertam que, na prática, a lei “promove a privatização em massa e uma verdadeira liquidação dos bens comuns, impactando terras públicas, florestas, águas, e ilhas federais na Amazônia e Zona Costeira Brasileira”.
A lei, sancionada por Temer para atender interesses dos ruralistas, concede anistia à grilagem de terras ao permitir a regularização de ocupações feitas até 2011. Também premia grileiros ao fixar valores que podem ser inferiores a 10% do valor de mercado das terras. Segundo cálculos do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), apenas na Amazônia esse subsídio ao crime fundiário pode chegar a R$ 19 bilhões. A nova legislação garante, ainda, a possibilidade de regularização de grandes propriedades, de até 2.500 hectares, que hoje só podem ser regularizadas por licitação.
Os últimos meses foram marcados por uma grande ofensiva do governo Temer, com apoio da bancada ruralista, à conservação ambiental e aos direitos sociais, em forma de decretos, Medidas Provisórias (MPs) e Projetos de Lei (PLs) que diminuem a proteção da floresta e de seus povos. Além da sanção à lei que promove grilagem, o governo também apresentou medidas para enfraquecer outras áreas de proteção ambiental da Amazônia, flexibilizar o licenciamento ambiental, impedir novas demarcações de Terras Indígenas, promover o uso e registro de mais agrotóxicos e acabar com a rotulagem de alimentos transgênicos.
Agora é o momento de todos se unirem pela proteção da Amazônia. Participe desse movimento.
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