BASTA de ataques ao meio ambiente e aos direitos humanos por parte do governo Temer e da bancada ruralista
Brasília, 19/9/2017 – Representantes do #resista
- movimento que reúne cerca de 150 entidades ambientalistas, do campo,
indígenas e de direitos humanos - deixaram um recado claro em frente ao
Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde desta terça-feira (19): BASTA
de ataques ao meio ambiente e aos direitos humanos por parte do governo
Temer e da bancada ruralista.
No ato, realizado na Praça dos Três Poderes,
manifestantes usaram faixas e acionaram um alarme durante um minuto para
simbolizar a disposição da sociedade em resistir aos retrocessos. A
manifestação ocorreu no mesmo dia em que Michel Temer abriu a assembleia
das Nações Unidas, em Nova Iorque, e tentou passar a impressão ao mundo
de que a agenda socioambiental brasileira está avançando.
“Escolhemos RESISTIR e lutar pelo nosso futuro. Não
aceitaremos a entrega de nosso país, de nossos recursos naturais, de
nossas florestas, a retirada de direitos das populações tradicionais e
camponesas, nem a criminalização da luta social. A nossa diversidade
(biológica e cultural) é nossa maior riqueza e não deve servir como
moeda de troca em obscuras negociatas políticas no Congresso”, diz a
carta-manifesto divulgada pelo grupo no ato. ”Convocamos toda a
sociedade, os povos das águas, do campo e das florestas, os coletivos
urbanos e a população em geral a se juntar a essa decisiva
articulação!”.
O ato encerrou o primeiro seminário do #resista,
realizado nos dias 18 e 19 em Brasília. No evento, os participantes
reforçaram sua posição contrária às iniciativas retrógradas do governo,
que incluem: redução e extinção de áreas protegidas; paralisação das
demarcações de terras indígenas, quilombolas e da reforma agrária;
enfraquecimento do licenciamento ambiental, ataque à soberania e
aprofundamento da insegurança alimentar e nutricional; tentativas de
desregulamentação e liberação de agrotóxicos ainda mais agressivos à
saúde da população e ao meio ambiente; venda de terras para
estrangeiros; anistia a crimes ambientais e a dívidas do agronegócio;
legalização da grilagem de terras; supressão de direitos de mulheres, de
povos e comunidade tradicionais, populações camponesas, trabalhadores e
trabalhadoras rurais e urbanos; e liberação de áreas de floresta para a
exploração mineral.
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.