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Friday, May 5, 2017
Estudantes de escola pública visitam Rainbow Warrior no Rio
Postado por Camila Rossi
Alunos do ensino fundamental ficaram surpresos com a cabine do capitão e exposição de fotos dos Corais da Amazônia
A partir da esquerda: Any Vitória Barbosa de Freitas, Evellyn Araújo Rodrigues da Silva, Maria Eduarda Santana de Souza Costa e Luiz Henrique. Os alunos da Escola Municipal Juan Antonio Samaranch visitaram o Rainbow Warrior, que está no Rio de Janeiro (Foto: ©Marizilda Cruppe/Greenpeace)
“Eu queria navegar até o Canadá com o navio do Greenpeace para conhecer a neve”, disse Any Vitoria Barbosa de Freitas, estudante do 6º ano da Escola Municipal Juan Antonio Samaranch, em visita ao Rainbow Warrior, nesta manhã ensolarada no Píer Mauá. Ela e mais 82 estudantes puderam conhecer o navio do Greenpeace e aprender sobre os Corais da Amazônia. De toda a visita, a cabine do capitão foi o lugar preferido da maioria dos jovens. “Achei que se apertasse o botão vermelho da cabine, seria levada para um outro lugar, como num filme, sabe?”, disse Pamela Cristianne Laim, 12 anos, aluna do 7º ano.
Quem acompanhou os jovens no percurso foram os voluntários do Greenpeace, que vieram de diversas cidades do Brasil para trabalhar no navio durante os dias de visitação pública. Diogo Bracet, por exemplo, é morador do Rio e contou aos estudantes que o Rainbow Warrior foi construído graças à colaboração de mais de 100 mil pessoas de diversos países.
Na proa, os alunos foram recebidos pelo Denison Ferreira, conhecido como Lápis e voluntário de São Luís do Maranhão. Ele contou a história do icônico golfinho de madeira, o Dave, e sobre como o navio foi construído de forma sustentável para estar em equilíbrio com o meio ambiente.
Na sequência, os alunos precisaram descobrir qual o comprimento do Raibow Warrior. Cem metros, 50 metros, 4 quilômetros foram algumas das respostas. Mal podiam imaginar que o navio tem o tamanho de duas baleias azuis: 58 metros.
Na cabine do capitão eles puderam saber um pouquinho sobre como funcionam os controles do navio. Não faltaram olhares curiosos para todos os lados. “Eu adoro tecnologia, fiquei fascinada com a cabine”, afirmou Maria Eduarda Santana de Souza Costa, 11 anos, do 6º ano. Diego explicou a eles como funcionam as velas do navio. Por conta delas é possível economizar até 60% do combustível. “Que energia é essa que move então esse veleiro?”, perguntou a professora Tânia Regina aos estudantes. E a resposta foi imediata: “os ventos, professora!”.
No último ponto da visita, na popa, eles ouviram a história dos dois navios que, antes desse também se chamaram Rainbow Warrior, e a razão para um heliponto dentro do navio, por ser também um instrumento para pesquisa. O capitão Peter Wilcox fechou o passeio com um pedido de que os estudantes desenhassem sobre o que aprenderam na exposição dos Corais da Amazônia.
Depois de visitar o Rainbow Warrior, os alunos da Escola Municipal Juan Antonio Samaranch foram desenhar o que tinham aprendido. Na foto, o desenho que a aluna Any fez. (Foto: ©Marizilda Cruppe/Greenpeace)
Exposição
Antes da esperada visita ao navio, os estudantes passaram por uma exposição com as primeiras imagens dos Corais da Amazônia, feitas pelo Greenpeace em uma expedição em janeiro. A surpresa com as cores e a beleza do bioma marinho foi grande. Mas o que realmente chamou a atenção foi saber que os corais já estão ameaçados. “Eles são lindos e só de pensar que podem acabar, eu não posso acreditar!”, desabafou Giovana dos Santos Teixeira de 11 anos, do 7º ano.
“Eu prefiro que acabe todo o dinheiro no mundo, mas que não acabem com a água, as árvores e os corais”, afirmou Any. “Eles acham que os corais não são seres vivos?”, questionou Luiz Henrique dos Santos Barreto, 11 anos, do 6º ano. “Os corais são lindos, coloridos! É uma nova vida que foi descoberta, como podem já estar ameaçados?”, perguntou Pamela Cristianne, de 12 anos, aluna do 7º ano.
Total e BP, que tal responderem aos alunos fluminenses?
Os Corais da Amazônia foram desenhados por vários dos alunos que visitaram a exposição com as imagens do bioma. Na foto, o desenho que Evellyn fez. (Foto: ©Marizilda Cruppe/Greenpeace)
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