por Greenpeace Brasil
Número de focos de calor é maior nas regiões com mais alertas de desmatamento
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Esse ano, a temporada de fogo na Amazônia começou com força total © Daniel Beltrá / Greenpeace
Na Amazônia brasileira, as taxas de alerta de desmatamento estão ligadas à incidência de fogo, que é uma das principais ferramentas usadas para desmatar. Dos dez municípios da região com maior número de alertas registrado pelo sistema Deter (Inpe), oito também estão no topo do ranking de queimadas.
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Pontos em rosa escuro mostram focos de calor registrados no “Dia de Fogo” próximo à BR-163. © Greenpeace
“Os que desmatam e destroem a Amazônia se sentem encorajados pelo discurso e pelas ações do governo Bolsonaro que, desde que tomou posse, tem praticado um verdadeiro desmonte da política ambiental do país”, declara Danicley Aguiar, da campanha Amazônia do Greenpeace.
Apenas o recente ataque feito pelo governo contra o Fundo Amazônia já resultou no bloqueio de R$ 288 milhões em doações da Noruega e da Alemanha, trazendo consequências perversas para o combate ao desmatamento e ao fogo na Amazônia. No fim de 2018, as ações de monitoramento e controle, entre elas prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas, representavam 47% do valor destinado aos projetos apoiados pelo Fundo, totalizando R$ 891 milhões. Desse total, cerca de 90% foram destinados a projetos implementados por entidades da administração pública brasileira (governos federal, estaduais e municipais), revelando a importância estratégica do Fundo para a conservação da Amazônia.
As queimadas e as mudanças climáticas operam em um ciclo vicioso: quanto mais queimadas, mais emissões de gases de efeito estufa e, quanto mais o planeta aquece, maior será a frequência de eventos extremos, tais como as grandes secas que passaram a ser recorrentes na Amazônia. Para além das emissões, o desmatamento colabora diretamente para uma mudança no padrão de chuvas na região, que amplia a duração da estação seca, afetando ainda mais a floresta, a biodiversidade, a agricultura e a saúde humana.
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