Essa imagem mostra a pesca de um tubarão, no oceano Atlântico Norte e foi captada pelos nossos ativistas a bordo do navio Esperanza. Navios como esse, em tese são para pescar apenas espadarte (aquele que é chamado erroneamente de peixe-espada, apesar de esse nome ser o de outra espécie). Mas a realidade é que, com métodos devastadores, eles pescam muito mais tubarões. Segundo estudos, eles pescam quatro vezes mais tubarões (em quilos) do que espadartes.
É porque não existe uma legislação sobre atividades econômicas no alto-mar que milhares de tubarões morrem todos os anos. Estima-se que o número chegue a 100 milhões de tubarões assassinados anualmente.
Um novo relatório lançado pelo Greenpeace Internacional (disponível em inglês neste link) destaca o impacto da sobrepesca sobre as espécies de tubarões. E traz um trágico exemplo de como a atual gestão dos oceanos está falhando em proteger a vida marinha e enfrentar a crise climática. A investigação encontrou navios espanhóis e portugueses no Atlântico Norte que capturam até 25 mil tubarões-mako anualmente.
Esses navios usam métodos destrutivos, como linhas de quilômetros de extensão e milhares de anzóis, que matam tubarões. Eles alvos principalmente por conta de suas barbatanas, que são valorizadas em algumas culturas como uma iguaria. Mas essas linhas dizimam outros animais também.
“É absolutamente imoral matar tubarões e outros animais selvagens com essas práticas de pesca terríveis. Estamos expondo os culpados no mar agora, mas precisamos urgentemente de um Tratado Global dos Oceanos que seja forte e precisamos de limites de pesca mais rígidos”, disse Will McCallum, da campanha Proteja os Oceanos do Greenpeace, a bordo do navio Esperanza.
Um expedição de Polo a Polo
O relatório foi lançado enquanto o navio Esperanza navega em uma expedição do Greenpeace que irá do Ártico até a Antártida, passando até pelos Corais da Amazônia, realizando pesquisas e investigações e pedindo aos governantes do mundo que aprovem um Tratado Global dos Oceanos.
Esse tratado pode facilitar o caminho para a criação de santuários marinhos. Segundo cientistas, precisamos proteger 30% do alto-mar até 2030 se quisermos um futuro seguro para os mares, o clima e bilhões de pessoas.
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