por
Greenpeace Brasil
O governo brasileiro deve agir com rapidez para encontrar e punir os
responsáveis pelo crime,e coibir as invasões de garimpeiros e grileiros
nos territórios, que ameaçam também vários outros povos indígenas na
Amazônia brasileira
A Funai confirmou neste sábado (27) a
morte do cacique Emyra Wajãpi próximo à aldeia Mariry, após a invasão de
um grupo de garimpeiros na terra indígena, no Amapá, essa semana. O
Greenpeace manifesta repúdio por mais esta violência e se solidariza e
apoia a APINA, o Conselho das Aldeias Wajãpi e a COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira em suas reivindicações pela garantia dos seus direitos constitucionais e sua autodeterminação em decidir como querem viver.
Hoje, milhares de indígenas
encontram-se em risco no Brasil por conta de invasões, extração ilegal
de madeira, garimpo e tentativas de tomada de suas terras. Boa parte
destas ameaças são alimentadas pelo próprio governo, ao repetir
sistematicamente sua intenção de abrir as terras indígenas para explorar
os recursos naturais por empresas estrangeiras, e ao sucatear os órgãos
de fiscalização ambiental e a FUNAI.
É dever do Estado proteger os
territórios indígenas e seus povos, coibindo atividades ilegais de
garimpo e mineração para evitar a escalada de conflitos que ameaçam
também outros povos indígenas.
O Greenpeace cobra do governo
agilidade na resolução deste conflito, com a investigação e punição dos
responsáveis, além de garantir a integridade física e cultural do povo
Wajãpi através da proteção do seu território.
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