Ativistas do Greenpeace estendem banner diante da arena VIP da Shell
para denunciar planos da empresa para explorar petróleo no Ártico
(©Greenpeace)
Antes da largada, dois parapentes voaram sobre o circuito exibindo um banner que alertava sobre os planos da Shell de explorar petróleo no Ártico, esse ecossistema frágil e único. Um terceiro grupo de ativistas chegou a estender outro banner sobre o logo da Shell exposto na curva Raidillon, mas a mensagem foi removida pela polícia.
Um dos escaladores no telhado da arquibancada se chama Tony Martin, de Bruxelas: “Esse Grand Prix é o principal dia do ano para a Shell. Eles gastaram milhões de euros para ter sua marca estampada por todos os lados e para receber seus convidados VIPs, mas eles não estão dispostos a dialogar sobre seus planos de perfurar o Ártico. É por isso que estamos aqui, para fazer com que o público e os fãs da Fórmula 1 saibam o que esta companhia realmente pretende”, declarou Martin antes de partir para a ação.
A Shell já investiu US$ 5 bilhões em seu programa de exploração de petróleo no Ártico, mas depois de uma série de fracassos vergonhosos – incluindo uma plataforma encalhada no Alasca – a empresa foi forçada a abandonar os planos para explorar petróleo na costa do Alasca nesse verão.Mesmo assim, a Shell assinou um acordo com a gigante estatal russa Gazprom para perfurar o Ártico na Rússia, onde as leis são frouxas e os acidentes comuns.
Mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo aderiram à campanha Salve o Ártico, do Greenpeace. Uma delas é Vanessa Hall, escaladora inglesa que está neste momento sobre o telhado da arquibancada do circuito, desenrolando o banner.
“Esse esporte tem tudo a ver com inovação tecnológica em engenharia e segurança. Porém, no Ártico, a Shell utiliza métodos e equipamentos desenvolvidos antes mesmo de os pilotos nascerem”, disse Hall. “O único motivo pela qual a Shell pode explorar aquela região é devido ao derretimento da camada de gelo, que está sendo causada pelo uso em excesso do combustível fóssil que eles estão indo procurar – isso é loucura.”
O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, que está acompanhando a corrida de Amsterdam, declarou que é fã de Fórmula 1 há muito tempo, mas não consegue tolerar o que ocorre no Ártico. “Exatamente agora estamos em uma corrida pelas nossas vidas contra a Shell, uma companhia que vê no derretimento da calota polar uma
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