Anúncio do Greenpeace publicado hoje na Folha de S.Paulo complementa informações "esquecidas" pela Fiesp
Além de não contabilizar o custo real para as pessoas, a biodiversidade e o clima, a conta da Fiesp não considera que, quando há incentivo, outras fontes ficam igualmente competitivas. É o caso da energia eólica, que ficou muito mais barata nos últimos anos, equiparando seus custos aos das barragens.
O argumento da segurança – que seria garantida com o armazenamento de água nos reservatórios – também é falacioso, já que as hidrelétricas não conseguem driblar o problema das secas, cada vez mais frequentes em um mundo ameaçado pelas mudanças climáticas. E o título de ‘sustentável’ cai por terra quando se olha para o rastro de conflitos e destruição que as grandes barragens na Amazônia têm deixado nos últimos anos.
“Reconhecemos a importância das hidrelétricas com reservatório que já foram construídas, mas antes de voltar a pensar nelas, o Brasil pode e deve investir em outras fontes renováveis, diversificando a nossa matriz energética e gerando menos impactos socioambientais. Essa é a verdadeira solução para garantirmos energia constante, segura e afastarmos o risco de apagões no país”, argumenta Ricardo Baitelo, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
Engenheiro elétrico e doutor em Planejamento Integrado, Baitelo é um dos convidados para falar no 14o Encontro de Energia promovido hoje e amanhã, 5 e 6 de agosto, pela Fiesp. “É perfeitamente possível conciliar geração de energia e o cuidado com o meio ambiente e as pessoas. É isso que significa sustentabilidade: aproveitar o potencial brasileiro e ao mesmo tempo garantir que as gerações futuras tenham acesso aos mesmos recursos que nós”, afirma ele.
O Greenpeace é uma organização ambientalista independente. Não recebe dinheiro de políticos, governos nem empresas - nosso trabalho é financiado apenas por indivíduos e aplicado na busca por um mundo mais equilibrado. É essa independência que nos permite cumprir nossa missão: expor os crimes ambientais e desafiar os tomadores de decisão a reverem seus conceitos.
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