Não é novidade para ninguém que o governo federal adora uma sujeira,
quer dizer, prefere combustíveis sujos e polêmicos para gerar energia do
que limpos. Mas sua preferência tem beirado a irresponsabilidade.
A última foi a desoneração de PIS/Pasep e Cofins na venda de carvão
mineral para quaisquer termelétricas, como o jornal "Valor Econômico"
publica hoje. O carvão é uma das fontes para geração de energia mais
danosas e que mais emitem CO2, o principal gás do efeito estufa. E, em
vez de restringir seu uso, o governo premia o que só faz mal.
Nem a desculpa usada pelo governo para esse investimento faz sentido.
Segundo a turma do ministro Edson Lobão, do Ministério de Minas e
Energia, e da presidente Dilma Rousseff, essa fonte suja serve para
compensar momentos de baixa da geração hidrelétrica.
Segundo a 3a edição do relatório [R]evolução Energética, divulgada
hoje pelo Greenpeace, fontes limpas como vento e sol podem ser usadas
para complementar a matriz elétrica nacional, com uma arquitetura de
rede inovadora que equilibre flutuações de oferta e demanda energética.
Para isso acontecer, é preciso querer. Infelizmente os sinais de
Brasília vão na direção oposta. Nesta semana, um leilão mais sujo do que
pau de galinheiro vai colocar mais 6,6 milhões de CO2 por ano na
atmosfera pela queima do carvão.
E depois esse mesmo governo posa de "verde" nos foros internacionais.
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