O navio grego Bouboulina foi acusado do derramamento de óleo que atingiu mais de dois mil quilômetros da costa do Nordeste
manchas de óleo em praia da Paraíba
Óleo que chegou a mais de 250 localidades do Nordeste. © Governo do Sergipe/Divulgação
Estamos ainda acompanhando o desenrolar das investigações, mas sendo um vazamento acidental ou um derramamento criminoso, a confirmação da causa é essencial para responsabilizar os culpados e também para estancar o problema, pois deverá responder muitas perguntas que ainda estão em aberto, como a quantidade de óleo jogado ao mar, que continua chegando às praias.
No entanto, os impactos já aconteceram, tanto ecológicos, com praias, mangues e estuários manchados por petróleo cru, como sociais, nos quais inúmeras pessoas ainda correm risco de saúde ao se expor às substâncias tóxicas, seja diretamente por contato ou indiretamente pela ingestão de peixes e frutos do mar contaminados, sem falar dos prejuízos econômicos no turismo e na pesca. O momento, portanto, continua exigindo maior empenho do governo em minimizar os danos ao meio ambiente, proteger a população e apoiar os atingidos
Nós do Greenpeace, continuamos monitorando a situação, apoiando os grupos voluntários na limpeza, e na realização de documentação e pesquisa para se avaliar o nível de destruição. Apenas uma transição para energias renováveis e limpas, que ponha um fim à era do petróleo, pode garantir que desastres como este não voltem a se repetir.