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Abrolhos
é uma importante área de biodiversidade. Todo ano, várias baleias
jubarte buscam as águas quentes da região para ter e amamentar seus
filhotes. © Paul Hilton / Greenpeace
Esse foi o primeiro Parque Nacional Marinho criado no Brasil, em abril de 1983. E isso representou um marco para a conservação marinha para nós. Mas agora, 36 anos depois, uma ameaça ronda Abrolhos e toda a vida marinha que ali habita: dias atrás, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, autorizou o leilão de blocos de petróleo e gás natural bem perto do Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
Para piorar, isso contraria a decisão dos técnicos do Ibama, que não recomendaram a inclusão de blocos ali. Segundo um documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, em caso de um derramamento, o óleo poderia atingir “todo o litoral sul da Bahia e a costa do Espírito Santo, incluindo o complexo de Abrolhos”.
Esse é apenas mais um caso no qual a ciência não está sendo respeitada, aparentemente, em nome dos interesses financeiros da indústria do petróleo. Sai perdendo a nossa natureza e a biodiversidade. Sai perdendo quem depende de um oceano saudável, com águas limpas.
Mesmo que o petróleo represente um grande negócio no mundo, é também uma das piores fontes de poluição e um dos principais agravantes das mudanças climáticas. Quando explorado próximo a zona sensíveis, como Abrolhos e os Corais da Amazônia, o petróleo se torna também uma ameaça ao bem estar de ecossistemas, animais e comunidades vulneráveis.
É inaceitável que nosso governo coloque os interesses da indústria do petróleo na frente do bem estar das pessoas e da natureza. A região de Abrolhos merece ser preservada e respeitada como área tão relevante que é de nossos oceanos.
Essa não é a primeira vez que o petróleo ameaça Abrolhos e os animais que vivem ali. Em 2009, empresas estrangeiras queriam instalar poços de petróleo na região e o Greenpeace, então, lançou a campanha Deixe as Baleias Namorarem para pedir uma moratória de 20 anos que evitasse a exploração.
Expedição de Polo a Polo
Não é só o petróleo que ameaça nossos oceanos. E não são só as regiões de Abrolhos e dos Corais da Amazônia que estão correndo risco. Outras atividades predatórias como a pesca industrial, a mineração submarina e a poluição causada pelos plásticos são também exemplos.
Devido ao tamanho das ameaças aos nossos oceanos, o Greenpeace começou em abril uma jornada que vai do Polo Norte ao Polo Sul, navegando pelos oceanos para protegê-los. Vamos mostrar as belezas que as águas dos mares escondem e as ameaças que não podemos esconder. Nosso objetivo é conscientizar o mundo todo e chegar em 2030 com 30% de nossos oceanos protegidos. Quer embarcar com a gente nessa? Acesse aqui. Proteja nossos oceanos assim como Abrolhos e os Corais da Amazônia merecem ser protegidos.
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