por
Greenpeace Brasil
Uma carta assinada por entidades da
sociedade civil, governos e setor econômico pede que os povos da
Amazônia tenha acesso a energia elétrica limpa, sustentável e constante
No Brasil, cerca de 2 milhões de
pessoas não têm acesso constante à eletricidade. São cerca de 700 mil
pessoas nessa situação apenas em Reservas Extrativistas (Resex)
amazônicas. Esses brasileiros têm o direito à energia negado
historicamente devido ao isolamento territorial e por falta de vontade
política. Hoje, a opção que resta a essas pessoas são os geradores a
diesel ou gasolina, que são caros e combustíveis fósseis com grandes
impactos locais e globais.
Para discutir soluções definitivas
e sustentáveis para o problema da falta de energia elétrica na Amazônia
aconteceu, no mês passado, a Feira e Simpósio Energia e Comunidades. O
evento, primeiro sobre o tema, reuniu 830 participantes em Manaus,
entre lideranças indígenas e comunitárias de vários estados e países da
Amazônia; representantes de governos; da academia, setor financeiros e
sociedade civil.
O Greenpeace participou do evento e, junto ao comitê organizador, vem anunciar a formação de
um comitê de articulação para acompanhar o encaminhamento de um plano
nacional de eletrificação e desenvolvimento sustentável para comunidades
em regiões remotas da Amazônia.
Com esta carta aberta (acesse aqui),
o comitê se compromete em ajudar as comunidades a conquistar energia
elétrica constante e renovável. As demandas apresentadas serão também
encaminhadas diretamente às autoridades no tema: Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), Ministério de Minas e Energia e governos da
região Norte.
A Feira Energia e Comunidades mostrou
que já existem soluções que, além de limpas e renováveis, são mais
eficientes e baratas do que queimar combustível na floresta para gerar
eletricidade. Chegou a hora do sol voltar a reinar na floresta e da
fonte solar fotovoltaica ser a principal geradora de eletricidade ali.
Hora de se trocar a lógica de dependência e destruição e de valorizar os
povos das florestas.
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