Greenpeace Brasil lança estudo que mostra como a energia fotovoltaica
pode trazer benefícios ambientais, sociais e econômicos para o país
Já pensou sobre o que mudaria no seu dia-a-dia se você pudesse gerar sua própria energia, ter mais independência, mais escolhas e menos gastos? Agora imagine como seria nosso país se a energia solar fotovoltaica estivesse na casa de muitas e muitas pessoas. Que tipo de benefícios veríamos na nossa economia? E como essa fonte favoreceria o meio ambiente?
Para mostrar esse país do futuro, que não está tão longe assim, o Greenpeace Brasil lança o estudo Alvorada – Como o incentivo à energia solar fotovoltaica pode transformar o Brasil. No documento, analisamos algumas medidas que facilitariam o acesso das pessoas a sistemas fotovoltaicos, tanto para residências quanto para comércios.
Calculamos, por exemplo, o impacto de o governo liberar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o trabalhador que quer usá-lo na compra de placas solares, como hoje acontece no caso do primeiro imóvel. Ou então, o que aconteceria se fossem menores os tributos que incidem nas placas que compõem os painéis. Baixar essas cobranças irá diminuir em até 20% o preço dos sistemas e, portanto, torná-los mais viáveis para muitas famílias.
Avaliamos como a Resolução Normativa 687/15, que entrou em vigor em março deste ano, irá impactar em maior adesão à energia solar. E, também, como seria o Brasil em 2030 caso o governo não adote incentivo algum. Ou seja, se continuarmos como estamos hoje.
“Todas as medidas levantadas no estudo são factíveis e
de responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal. Está
nas mãos do poder público permitir que, na prática, os brasileiros
possam gerar sua própria energia e economizar na conta de luz. Esse
estudo mostra quais as melhores saídas para isso”, diz Bárbara Rubim, da
Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
O documento também aponta como esses incentivos trariam impactos
positivos em questões ambientais, sociais e econômicas. Se mais pessoas
gerarem sua própria eletricidade, evitaremos que toneladas de gases de
efeito estufa sejam despejadas na atmosfera. Isso porque, diminuiríamos a
demanda pela energia oferecida pelo governo, oriunda de grandes usinas
térmicas que queimam combustíveis fósseis e são altamente poluentes.
Também poderíamos tornar desnecessária a construção de novas usinas
hidrelétricas na Amazônia.
Caso todas as medidas propostas sejam adotadas pelo
governo, a adesão à energia solar seria tão grande que teríamos 41,4 mil
MWp instalados em telhados até 2030. A eletricidade produzida por esses
sistemas seria o dobro do valor pretendido com o Complexo Hidrelétrico
do Rio Tapajós, na Amazônia. A construção dessa usina irá trazer grandes
devastações para o meio ambiente e colocará em risco as populações locais de índios Munduruku.
A energia solar pode transformar a vida de muitos brasileiros.
E, neste estudo, mostramos que ela pode ser a responsável por milhões
de vagas no mercado de trabalho de forma direta e indireta. No cenário
mais otimista deste estudo, chegaríamos a quase 4 milhões de vagas de
trabalho relacionadas à expansão da energia solar.
“No momento atual, incentivar a energia solar é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, já que, como aponta o estudo, cumpre um duplo papel: ajuda a população a reduzir seus gastos mensais com eletricidade, ajuda o país no seu compromisso para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. E ainda tem impactos positivos na economia nacional, que passa por uma fase difícil”, diz Rubim.
Os gráficos abaixo mostram a evolução de alguns indicadores de acordo com três cenários avaliados no estudo: O Brasil continua o mesmo, em que nada mudaria até 2030 em relação aos incentivos à fonte solar; o FGTS para comprar placas solares, que apresenta os impactos dessa medida; e Melhor Brasil. Neste cenário, juntamos todas os incentivos do relatório e mostramos como eles impulsionariam a energia solar e seus benefícios no país.
“No momento atual, incentivar a energia solar é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, já que, como aponta o estudo, cumpre um duplo papel: ajuda a população a reduzir seus gastos mensais com eletricidade, ajuda o país no seu compromisso para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. E ainda tem impactos positivos na economia nacional, que passa por uma fase difícil”, diz Rubim.
Os gráficos abaixo mostram a evolução de alguns indicadores de acordo com três cenários avaliados no estudo: O Brasil continua o mesmo, em que nada mudaria até 2030 em relação aos incentivos à fonte solar; o FGTS para comprar placas solares, que apresenta os impactos dessa medida; e Melhor Brasil. Neste cenário, juntamos todas os incentivos do relatório e mostramos como eles impulsionariam a energia solar e seus benefícios no país.
O que diz o estudo:
- Caso todas as todas as prefeituras dessem R$ 150 de descontos anuais no IPTU
para as residências com sistemas fotovoltaicos, até 2030, o governo
veria um retorno de R$ 1,7 bilhão em tributos gerados e recolhidos.
- Isentar de impostos alguns itens que compõem os
sistemas fotovoltaicos irá baratear seus custos e impulsionar as vendas.
Em 15 anos, 833.273 vagas de empregos diretas e indiretas seriam
criadas como efeito da movimentação desse mercado.
- O incentivo que se mostrou mais importante para expandir e acelerar a difusão dos sistemas fotovoltaicos no Brasil foi o uso do FGTS.
Segundo os cálculos do estudo, hoje é mais vantajoso investir o
dinheiro do fundo para comprar um sistema fotovoltaico do que deixá-lo
guardo.
- Se todos os estados deixassem de cobrar ICMS na
eletricidade gerada pelo sistema fotovoltaico e injetada na rede de
distribuição, mais pessoas veriam vantagens em ter painéis solares. E,
até 2030, o Brasil teria deixado de emitir 118,8 milhões de toneladas de
gases que agravam o efeito estufa e são responsáveis pelas mudanças
climáticas. Hoje, apenas 11 estados têm essa política de isenção do
ICMS.
- Desde março deste ano, está em vigor a Resolução Normativa 687. Ela tornou a microgeração de energia mais vantajosa e, segundo o estudo, será responsável por tantas adesões a placas solares que, em quinze anos, mais de 6 milhões de casas ou comércios estarão produzindo energia em telhados.
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