Novas diretoras executivas assumem a frente do Greenpeace Internacional
a partir de hoje; novo modelo de gestão colaborativa promete trazer
mais resultados ao cargo
Bunny McDiarmid à esquerda e Jennifer Morgan à direita (© Greenpeace)
Chegou o dia do Greenpeace virar mais uma página em sua
história. Hoje começam a trabalhar, em um inédito sistema de
co-liderança, as duas novas diretoras executivas internacionais da
organização: a americana Jennifer Morgan e a neozelandesa Bunny
McDiarmid.
Ao decidir deixar o cargo, o antigo diretor executivo do Greenpeace
Internacional, Kumi Naidoo, abriu as portas para que um novo modelo de
gestão partilhada seja testado, com duas lideranças experientes se
complementando nas tomadas de decisão.“Hoje, com muito prazer, demos o chute inicial como diretoras executivas. Ficamos felizes de finalmente começarmos nesse papel, estamos ansiosas para trabalhar com todos os escritórios”, afirmaram Jennifer e Bunny hoje, ao assumirem formalmente o posto – o anúncio da nova gestão foi feito ainda em janeiro.
“Estamos muito contentes que somos nós duas assumindo esse cargo juntas. Dessa maneira, acreditamos que esse trabalho duro e desafiador ficará mais interessante e possível de ser feito”. Elas também falaram um pouco do contexto atual: “Estamos vivendo em tempos voláteis que trazem oportunidades e também inseguranças. O Greenpeace precisa saber agarrar essas oportunidades e se afastar das inseguranças”.
Esse arranjo de liderança compartilhada é um reflexo evolutivo de toda a abordagem do Greenpeace Internacional: compartilhar, globalmente, o poder, a responsabilidade e o desafio de crescer, de tornar-se o melhor que podemos num momento de ameaça ambiental e oportunidade existencial
A dupla agora se volta para as campanhas internacionais em andamento, mas também promete focar no planejamento dos próximos 5 a 10 anos. Afinal, hoje é só o primeiro dia.
Experiência nata
Há trinta anos no Greenpeace, Bunny McDiarmid é veterana como ativista, tripulante de navio e mais recentemente diretora-executiva do Greenpeace Nova Zelândia que, sob sua liderança, tornou-se um referencia de inovação no mundo Greenpeace.
Se Bunny andou nos decks de
quase todos os navios do Greenpeace, Jennifer Morgan andou nos
corredores do poder. Como Diretora Global do Programa de Clima no World
Resources Institute, teve que lidar com chefes de estado e presidentes
de empresas. Jennifer tem liderado grandes equipes em importantes
organizações como Worldwide Fund for Nature, Climate Action Network e
E3G, além de ser uma ativista pelo clima e inovadora constante.
Para o diretor-executivo do Greenpeace Brasil,
Asensio Rodriguez, a presença de duas mulheres na direção da organização
é um importante passo para reafirmar a igualdade de gêneros em todo o
mundo. “Aqui no escritório brasileiro, 55% do staff
é composto por mulheres, sendo que muitas delas estão em cargos de
liderança. Ainda sim, é um país que precisa avançar muito nessa questão e
de fato dar equidade às mulheres em relação aos homens. Essa co-direção
será um ótimo exemplo para mostrar a eficácia da liderança feminina em
escala global”, defende Asensio. "A liderança compartilhada volta nossos
esforços para práticas mais coletivas na organização enquanto também
engaja bilhões de pessoas ao redor do mundo. É a nossa maneira de
trabalhar".
Para saber mais sobre as duas novas diretoras executivas do Greenpeace Internacional, clique aqui.
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