Greenpeace doa placas solares ao movimento pró-parque e fortalece a autonomia de ativistas
(Divulgação Organismo Parque Augusta)
Há muito mais do que bares, lojas e baladas no famoso Baixo Augusta
de São Paulo. Entre as ruas Augusta e Consolação, em meio aos prédios e a
selva de concreto que marca a paisagem da maior cidade do Brasil, há um
coração verde que bate forte e que quer continuar a pulsar, em uma luta
dos cidadãos da cidade pela oficialização do Parque Augusta como espaço
público pela prefeitura, contra os interesses privados das grandes
incorporadoras e do mercado imobiliário. O movimento pelo parque se
fortalece, inclusive com fonte de energia limpa e renovável. A partir
desta quinta-feira 26 de fevereiro, a área - uma das últimas áreas com
resquícios de Mata Atlântica na região central de SP - passa a contar um
mini-sistema autônomo para geração de energia solar.
O Greenpeace doou ao movimento Organismo Parque Augusta (OPA) duas
placas solares e baterias. Isso vai reduzir o uso do gerador movido a
gasolina que vinha sendo usado para gerar eletricidade no local. O
sistema independente poderá ser usado para um roteador de wifi e
para carregar computadores laptop e celulares. “Estamos muito animados
por poder diminuir nossos custos [com gasolina] e ver que energia solar
não é coisa de filme”, diz Vitor Gomes, do OPA.
(Divulgação Organismo Parque Augusta)
O Organismo ocupa o terreno desde janeiro, mas a disputa pelos 25
quilômetros quadrados é antiga e os interesses são grandes. Moradores da
região e a população clamam para que este continue sendo um espaço
aberto com uma gestão mais democrática enquanto as construtoras tem
planos para grandes empreendimentos imobiliários.
Em novembro de 2013, duas construtoras compraram a área e, como
resposta, o movimento pró-parque criou o OPA com a proposta de repensar o
uso dos espaços ociosos e com o objetivo de garantir um parque 100%
público. “Usar uma fonte que é limpa e que permite o acesso democrático à
eletricidade vai completamente de encontro com os princípios que
pregamos dentro do Parque”, ressalta Gomes.
Entre cachorros, palhaços, artistas e outras pessoas que apenas
vieram passear no bosque, Heloísa Costa, do time de mobilização do
Greenpeace Brasil, lembra a importância dos sistemas fotovoltaicos
autônomos: “Se você está em uma comunidade isolada na Amazônia, por
exemplo, isso pode permitir que jovens estudem a noite. Aqui, vamos
permitir que ativistas sejam beneficiados. Não se trata apenas de
energia solar, é também sobre educação, inclusão e autonomia”.
O Greenpeace está trabalhando pela implementação de sistemas
fotovoltaicos em duas escolas públicas brasileiras. Participe da
campanha e colabore pelo fortalecimento da energia solar no nosso País,
acesse: www.kickante.com.br/campanhas/greenpeace-ilumine-o-futuro-das-criancas
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