A gigante americana recebeu o maior número de votos entre os 64 mil
participantes online, seguida pela multinacional Glencore e pela rede de
varejo Walmart.
Protesto de ativistas do Greenpeace em frente a Chevron, no
Rio de
Janeiro, após vazamento de petróleo na costa brasileira
em 2011. ©
Gilvan Barreto / Greenpeace
Desde o ano 2000, o Public Eye é uma resposta ao Fórum Econômico Muncial (FEM),
um grande encontro de políticos e empresários que acontece anualmente
na cidade de Davos, Suíça. O projeto envolve organizações
não-governamentais do mundo inteiro, incluindo o Greenpeace. Trata-se de
uma plataforma formada por internautas para reconhecer as empresas
socialmente responsáveis – e também para criticar as irresponsáveis.
Em sua 16ª e última edição em Davos, a comunidade online ‘presenteou’
a petrolífera Chevron com o Prêmio Vitalício para o que é efetivamente
um dos piores desastres ambientais para o planeta. Enquanto aceitava um
outro prêmio, Paulo Paz y Miño, da americana Amazon Watch,
mostrou-se particularmente incomodado com a negativa da Chevron de
cumprir um veredicto de 2013 que previa o pagamento de 9,5 bilhões de
dólares em danos e a limpeza de costas onde houve vazamento. “No lugar,
os advogados da petrolífera vêm atrasando a justiça, o que prejudica
mais de 30 mil pessoas afetadas”, explicou Paz y Miño. A Amazon Watch
confirmou sua intenção de entregar o prêmio vitalício aos executivos
responsáveis na sede da Chevron.
O grupo The Yes Man,
coletivo anti-globalização que espalha notícias falsas para comprometer
grandes empresas, disse que “a cooperação público-privada promovida e
perpetuada em Davos não faz parte da solução, e sim do problema, assim
como o abismo cada vez maior entre ricos e pobres ou o colapso
climático”. Um membro alemão do Parlamento Europeu, Sven Giegold, disse em seu discurso: “Se o Public Eye precisa morrer, então que ele reencarne na cúpula do G20”.
Por quinze anos, o Public Eye lançou um olhar diferente, crítico e
inovador sobre o FEM. Foram dez prêmios anuais da vergonha para empresa
de péssimo histórico em termos de direitos humanos e sustentabilidade. A
razão principal para deixar Davos é a chegada de uma assossiação civil
chamada “Coalizão pela Justiça Coorporativa”.
Com o lançamento de uma iniciativa popular cobrando das empresas suíças
mais respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente, as demandas
políticas do Public Eye com certeza estão contempladas.
Culpa no cartório
A Chevron também não é nada querida aqui no Brasil. Em 2011, a empresa americana foi responsável por um grande vazamento de petróleo na costa brasileira,
no Campo de Frade, Bacia de Campos. Foram mais de 50 mil litros de
petróleo derramados por dia, com um total estimado de 330 barris.
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