Gigantes do agronegócio, como Cargill e Bunge, foram autuadas durante a operação que já totaliza R$ 105,7 milhões em multas
Plantação de soja no Cerrado do Amapá
A Operação Shoyo, realizada pelo Ibama em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) para coibir o desmatamento ilegal no Cerrado, já resultou em 62 autos de infração contra pessoas e empresas que plantavam, comercializavam ou financiavam soja cultivada em áreas embargadas nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - região conhecida como Matopiba, onde a expansão da soja ocorre rapidamente ao custo de desmatamento. Entre as empresas autuadas estão as multinacionais do agronegócio Cargill e Bunge, que foram multadas em R$ 5 milhões e R$ 1,8 milhão, respectivamente. No total, as multas da operação já somam R$ 105,7 milhões.
Veja a nota completa do Ibama
“Os resultados da ação do Ibama e do MPF demonstram que empresas como Cargill e Bunge, que se comprometeram em eliminar o desmatamento de suas cadeias produtivas em escala global, ainda têm um longo caminho a percorrer. Isso mostra que medidas que vão além de compromissos verbais são necessárias. Na Amazônia, as mesmas empresas conseguiram eliminar grande parte do desmatamento de suas cadeias devido à implementação da Moratória da Soja, mas o mesmo não acontece no Cerrado, onde ainda não existem compromissos concretos que levem a resultados”, avalia Paulo Adário, estrategista sênior de florestas do Greenpeace Internacional.
Em setembro de 2017, diversas organizações da sociedade civil, incluindo o Greenpeace, demandaram, por meio de um manifesto que as empresas atuantes no Cerrado e o mercado comprador adotassem medidas imediatas para desvincular a destruição do bioma de suas cadeias produtivas. O pleito recebeu o apoio de mais de 60 empresas internacionais, dentre elas McDonald’s, Walmart e Carrefour. No entanto, ainda não foram anunciados compromissos concretos neste sentido.
“A tendência é que o mercado feche cada vez mais as portas para qualquer tipo de desmatamento. É preciso ação rápida e consistente por parte do setor privado para conter a destruição no Cerrado. Se as empresas conseguiram implementar a Moratória da Soja na Amazônia, também são capazes de o fazer no Cerrado, onde as taxas de desmatamento são ainda maiores”, afirma Cristiane Mazzetti, da Campanha de Amazônia do Greenpeace.
Veja a nota completa do Ibama
“Os resultados da ação do Ibama e do MPF demonstram que empresas como Cargill e Bunge, que se comprometeram em eliminar o desmatamento de suas cadeias produtivas em escala global, ainda têm um longo caminho a percorrer. Isso mostra que medidas que vão além de compromissos verbais são necessárias. Na Amazônia, as mesmas empresas conseguiram eliminar grande parte do desmatamento de suas cadeias devido à implementação da Moratória da Soja, mas o mesmo não acontece no Cerrado, onde ainda não existem compromissos concretos que levem a resultados”, avalia Paulo Adário, estrategista sênior de florestas do Greenpeace Internacional.
Em setembro de 2017, diversas organizações da sociedade civil, incluindo o Greenpeace, demandaram, por meio de um manifesto que as empresas atuantes no Cerrado e o mercado comprador adotassem medidas imediatas para desvincular a destruição do bioma de suas cadeias produtivas. O pleito recebeu o apoio de mais de 60 empresas internacionais, dentre elas McDonald’s, Walmart e Carrefour. No entanto, ainda não foram anunciados compromissos concretos neste sentido.
“A tendência é que o mercado feche cada vez mais as portas para qualquer tipo de desmatamento. É preciso ação rápida e consistente por parte do setor privado para conter a destruição no Cerrado. Se as empresas conseguiram implementar a Moratória da Soja na Amazônia, também são capazes de o fazer no Cerrado, onde as taxas de desmatamento são ainda maiores”, afirma Cristiane Mazzetti, da Campanha de Amazônia do Greenpeace.
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