Desde 1o de novembro, a ANP iniciou um tipo de leilão chamado Oferta Permanente e está oferecendo 80 blocos na Amazônia, a maioria no estado do Amazonas. Quarenta deles estão próximos áreas protegidas, como a Área de Proteção Ambiental Tarumã e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã.
E existem blocos sobrepostos a territórios indígenas não demarcados, caso dos Maraguá. O Amazonas é habitat de centenas de espécies endêmicas, entre elas algumas ameaçadas de extinção como o sauim-de-coleira e o tucano-de-bico-preto.
Só a operação e infraestrutura para explorar petróleo já impactaria a floresta e o modo de vida de comunidades locais. Mas a maior ameaça é de um derramamento de óleo – que pode acontecer nesse tipo de atividade. As consequências seriam enormes e até irreversíveis: na floresta, a contaminação de igapós, de plantas, árvores, animais, ameaçando inclusive a cadeia alimentar da qual fazemos parte. Para piorar, a limpeza do petróleo derramado na floresta é extremamente complexa e envolve desmatamento.
Blocos ameaçando os Corais da Amazônia
Há também 40 blocos na bacia do Pará-Maranhão, no litoral desses estados. Esses blocos estão próximos ao recife dos Corais da Amazônia, um ecossistema único que estamos defendendo do petróleo há 2 anos.Na semana passada, mais de 2 milhões de pessoas que defendem os Corais tiveram uma grande vitória: O Ibama negou a licença para a petrolífera Total considerando os riscos que a exploração traria ao bem estar do ecossistema. Depois dessa grande vitória, não podemos aceitar que a ANP coloque mais blocos à venda e ameace a Amazônia.
Pela proteção da floresta e dos Corais, dizemos: Petróleo na Amazônia, não!
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