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Thursday, February 9, 2017
Quem são os cientistas a bordo do Esperanza para ver os corais da Amazônia
Postado por rgerhard
Seis cientistas embarcaram com o Greenpeace para nos orientar nesta expedição e ver conosco as primeiras imagens dos recifes de corais na região da foz do rio Amazonas. Conheça um pouco cada um deles
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Fabiano Thompson (esq), da UFRJ, se prepara para descer com o piloto Kenneth Jozeph Lowick ©Marizilda Cruppe /Greenpeace
Fabiano Thompson – oceanógrafo, doutor em Bioquímica pela Universidade de Ghent, na Bélgica, e professor do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Quando Fabiano Thompson era adolescente, seu pai queria que ele se tornasse um profissional liberal. Talvez advogado. Mas assim que soube que existia um curso de oceanologia em uma universidade, Fabiano descobriu que era isso que queria para ele, já que sempre se interessou pelo mar e seus mistérios. Foi a escolha certa. Tanto que ele é um dos principais responsáveis pelos estudos e expedições que desvendaram finalmente os recifes de corais da Amazônia, entre 2011 e 2016.
Fabiano é o elo entre os cientistas que estão na expedição do Greenpeace. Quando estudava na universidade, conheceu Nils Asp e Eduardo Siegle. Anos depois, conheceu Ronaldo Francini e foi orientador de Juline Walter e Ana Carolina Soares.
Eduardo Siegle – oceanógrafo, doutor em Ciência Marinha pela Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.
Desde criança, por frequentar praias, o mar atraía Eduardo, que queria saber mais sobre aquela imensidão azul. “Na adolescência, comecei a ler sobre oceanos e essa curiosidade foi ficando mais aguçada, até descobrir que havia faculdades de oceanografia”, conta. Hoje, sua especialidade são as correntes marinhas. Por isso, quando ele fez o mergulho de submarino, viu muitos bancos de areia no fundo do mar e achou aquilo ótimo. “A forma como a areia se dispõem mostra como as correntes se dão. É super importante para minha linha de estudo”.
Estar na expedição do Greenpeace, para ele, é uma experiência única. “Mostrar os recifes de corais da Amazônia para o mundo é importante para que eles recebam a importância que merecem”, afirma.
Ronaldo Francini Filho, biólogo, doutor em Ciências Biológicas pela USP e professor da Universidade Federal da Paraíba.
O interesse pela Biologia está no sangue da família Francini. O pai de Ronaldo estuda borboletas e formigas. Sua mãe, a genética de abelhas, e o irmão mais velho é biólogo e fotógrafo de natureza. Não demorou muito para que Ronaldo fizesse sua primeira expedição científica: aos 4 anos de idade, junto ao pai, pela Mata Atlântica e pela Amazônia.
Aos 20 anos, quando já estudava Biologia, acompanhou o pai em mais uma viagem, na qual ele coletaria formigas urtigas. “Aquela foi a primeira vez que vi uma equipe trabalhando com mergulho autônomo no mar, fazendo pesquisa marinha. Me senti extremamente atraído por aquilo e, desde então, não parei mais de estudar os oceanos”, conta. “Minha primeira motivação para fazer parte da expedição do Greenpeace foi a aventura e o espírito de explorador. Acho que grande parte da tripulação do Esperanza deve ter esse sentimento”.
Nils Asp, oceanógrafo, doutor em Geologia Costeira pela Universidade de Kiel, na Alemanha, e professor da Universidade Federal do Pará
Durante sua infância, Nils Asp gostava de voltar da escola e assistir aos programas de Jacques Costeau. O famoso explorador dos oceanos aguçou seu interesse pelos mistérios do oceano. Hoje, ele dá aulas e estuda Geologia Marinha e está na expedição do Greenpeace ajudando, principalmente, a mapear os recifes e onde estão os melhores pontos para mergulharmos. Nils tem passado muitas horas olhando mapas e usando o GPS para que nossa viagem com o Esperanza seja a mais produtiva possível. A partir dessa observação, ele avalia a topografia e as características dos recifes.
Juline Walter, bióloga e pós-doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Juline Walter estuda partes invisíveis dos recifes de corais da Amazônia. Ela é especialista em comunidades microbianas, analisando que tipo de microrganismo vive nas esponjas recém-descobertas na região da foz do Rio Amazonas. “Os microrganismos são um importante indicativo sobre a saúde dos recifes. Há muitos deles no mundo em risco por conta das mudanças climáticas, em função da acidificação dos oceanos. Comunidades microbianas são uma peça chave para entender como as mudanças estão afetando essas estruturas”, explica.
Sobre a experiência da expedição, ela se diz “extasiada”. “O que estamos fazendo aqui é expandir os horizontes do conhecimento e quebrar os paradigmas do que a gente sabia até pouco tempo atrás”.
Ana Carolina Soares, bióloga e mestre em Genética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ana Carolina é de Bento Ribeiro (RJ) e está prestes a se mudar para São Paulo para começar seu doutorado. Seus objetos de estudo também são microscópicos, porém fundamental para o ecossistema marinho. Ela estuda a diversidade de comunidades microbianas associadas a sistemas recifais. Ou seja: bactérias, vírus e fungos que vivem associados a esponjas, corais, rodolitos e até peixes.
Ela esteve na expedição de 2014, que confirmou a existência dos recifes de corais na foz do Rio Amazonas, quando foram coletadas amostras das espécies que vivem ali. “Estar no Esperanza e poder ver os recifes no fundo do mar é totalmente diferente. É uma oportunidade incrível para nosso estudo. Estou muito contente”.
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Juline Walter (sentada), Ana Carolina Soares (camisa listrada), e Ronaldo Francini Filho (camisa preta), observam as imagens dos recifes durante lançamento da câmera subaquática. Foto: Marizilda Cruppe
Agora que você já conhece um pouco mais dos especialistas que nos acompanham e nos orientam, continue conosco nesta aventura para defender os recifes de corais da Amazônia!
Assine a petição e compartilhe com seus amigos. Vamos fazer esse novo bioma famoso no mundo todo e evitar que empresas o destruam por querer explorar petróleo na região.
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