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Friday, February 3, 2017
Diário de bordo: uma rotina cheia de adrenalina
Postado por rgerhard
A preparação para colocar o submarino na água começa às 6h e normalmente às 7h30 ele está no mar. A condição do tempo é determinante para lançar o veículo, mas chuva não é o problema e sim o tamanho das ondas e a velocidade do vento
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O submarino é lançado do navio Esperanza com o uso de um guindaste. Foto: Marizilda Crupe / Greenpeace
Sempre que vamos lançar o submarino na água, colocamos um bote no mar com dois marinheiros que fazem a segurança. Eles também recolhem o mergulhador que vai para a água retirar os cabos do guindaste que prendem o submarino ao navio.
Eu já tinha visto esta operação que vem se repetindo todos os dias, várias vezes, sob diversos pontos: na parte mais alta do navio, no mesmo nível onde ele fica “estacionado” e no deck inferior. Só faltava ver como seria a partir do bote de segurança. Lá fui eu, com a Cristine, uma marinheira alemã, e o Jonathan, um marinheiro neozelandês. Com capacete e colete salva-vidas, entrei no bote pela primeira vez, que foi levado ao mar também por um guindaste guiado pelo Eric, um querido filipino sempre bem humorado.
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Mergulhadores na água dão assistência para desconectar o submarino do navio. Foto: Marizilda Crupe / Greenpeace
O navio balança sim, mas aquele bote C-H-A-C-O-A-L-H-A. O botinho inflável e motorizado, solto no meio das ondas, é jogado de um lado para o outro sem dó. Enquanto isso o cientista e o piloto que descerão no submarino se preparam para o mergulho ainda no navio.
Nesta ocasião, os marinheiros aproveitaram o bote estava no mar para praticar a direção e treinar manobras – alguns verdadeiros cavalos de pau para escapar de ondas grandes. Se eu achava que já estava chacoalhando, RÁ!, ainda não sabia de nada. Conforme avançávamos no mar e as ondas ficavam maiores, sentia um misto de animação com “Meu Deus, que loucura!”. A cada onda que passávamos meu estômago se deslocada entre a cabeça e os meus pés, UAU...”
Assim que ouvimos no rádio a autorização para lançar o submarino na água, nos aproximamos do navio e ficamos à espera. Quando essa cápsula vermelha toca a água, o mergulhador pula do navio e vai em direção a ela, tira os quatro cabos que o prendem, e pronto. O submarino está pronto para ser engolido pelas profundezas oceânicas. Com pés-de-pato e snorkel, nosso mergulhador nada de forma tão ágil até nosso bote que ganhou o apelido de “peixinho”.
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Um bote de apoio sempre acompanha toda a operação e resgata os mergulhadores da água. Foto: Marizilda Cruppe/ Greenpeace
Todos os dias de mergulho é esta mesma “rotina”. Incrível, né? Graças a esse submarino é que temos conseguido obter as primeiras imagens dos Corais da Amazônia. Em breve, vamos contar todo o aparato tecnológico que ele carrega.
Continue conosco nessa aventura e se ainda não assinou a petição pela defesa dos Corais da Amazônia, a hora é agora. Compartilhe e nos ajude a eliminar essa ameaça do petróleo que paira sobre eles.
Juliana Costta é Social Media no Greenpeace Brasil e está a bordo do Esperanza
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