Foto finalista do concurso Sardinha de Ouro, promovido pelo
Greenpeace Brasil ano passado (©Greenpeace/Claudette De Vita Ferreira)
Quem vive na zona leste de São Paulo e depende da linha 3-Vermelha do metrô sabe bem o drama que é ir ao trabalho ou voltar para casa em horário de pico. Qualquer mínimo escorregão é suficiente para instaurar o caos. Foi o que aconteceu na última terça, dia 4, quando uma porta quebrada gerou atrasos, trens parados, pânico e gente saindo a pé pelos túneis.
Mas, em vez de um pedido de desculpas, dessa vez o governador Geraldo Alckmin resolveu culpar os próprios usuários, a quem chamou de vândalos por apertarem o botão de emergência.
Será que, antes de sair culpando quem sofre com o descaso do poder público, o governador sabia que o trem que desencadeou todo o problema é um velho conhecido dos funcionários do metrô, com histórico de descarrilamento e portas abertas do lado errado?
Em nota, o Sindicato dos Metroviários afirma que o trem K07 faz parte da frota K, composta por sete trens reformados pela empresa Alstom. Em um período de 30 dias, 696 falhas foram registradas nessa frota – mais de 300 apenas no trem K07.
Apertar o botão de emergência não é ato de vandalismo ou sabotagem. É desespero de se encontrar trancado em um trem – muitas vezes sem ar condicionado – que chega a ter 12 pessoas por metro quadrado nos horários de pico.
Diante da insistência em atribuir a falha a uma possível “sabotagem”, só nos resta lamentar o profundo desconhecimento do governador acerca do colapso do sistema metroviário de São Paulo e o desrespeito enorme por todo o incômodo e sofrimento enfrentado pelos usuários que dependem dele todos os dias.
Agora, mais do que nunca, o povo merece desculpas.
*Barbara Rubim é da campanha de Clima e Energia do Greenpeace
Quem vive na zona leste de São Paulo e depende da linha 3-Vermelha do metrô sabe bem o drama que é ir ao trabalho ou voltar para casa em horário de pico. Qualquer mínimo escorregão é suficiente para instaurar o caos. Foi o que aconteceu na última terça, dia 4, quando uma porta quebrada gerou atrasos, trens parados, pânico e gente saindo a pé pelos túneis.
Mas, em vez de um pedido de desculpas, dessa vez o governador Geraldo Alckmin resolveu culpar os próprios usuários, a quem chamou de vândalos por apertarem o botão de emergência.
Será que, antes de sair culpando quem sofre com o descaso do poder público, o governador sabia que o trem que desencadeou todo o problema é um velho conhecido dos funcionários do metrô, com histórico de descarrilamento e portas abertas do lado errado?
Em nota, o Sindicato dos Metroviários afirma que o trem K07 faz parte da frota K, composta por sete trens reformados pela empresa Alstom. Em um período de 30 dias, 696 falhas foram registradas nessa frota – mais de 300 apenas no trem K07.
Apertar o botão de emergência não é ato de vandalismo ou sabotagem. É desespero de se encontrar trancado em um trem – muitas vezes sem ar condicionado – que chega a ter 12 pessoas por metro quadrado nos horários de pico.
Diante da insistência em atribuir a falha a uma possível “sabotagem”, só nos resta lamentar o profundo desconhecimento do governador acerca do colapso do sistema metroviário de São Paulo e o desrespeito enorme por todo o incômodo e sofrimento enfrentado pelos usuários que dependem dele todos os dias.
Agora, mais do que nunca, o povo merece desculpas.
*Barbara Rubim é da campanha de Clima e Energia do Greenpeace
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